Árvores do Cerrado estão sendo produzidas para restaurar áreas degradadas

O Centro de Biodiversidade está localizado no Legado Verdes do Cerrado, uma área de 32 mil hectares, no Norte Goiano. Foto: Luciano Candisani.
Com capacidade produtiva de 200 mil mudas nativas do bioma, de 80 espécies diferentes, o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, da CBA, cultiva espécies para restauração e paisagismoO Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de mais de dois milhões de metros quadrados do território brasileiro e do ponto de vista da diversidade biológica, é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando aproximadamente 11,6 mil espécies de plantas nativas já catalogadas, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

E é justamente aliando a conservação do bioma Cerrado a uma atividade da economia verde, que o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) produz mudas de espécies nativas, em Niquelândia (GO), para diferentes tipos de projetos de recuperação de áreas degradadas no Cerrado, além de paisagismo urbano. Após quatro anos de melhorias contínuas, o viveiro passou a se chamar Centro Biodiversidade por aliar a expertise das pesquisas científicas realizadas no território à produção inteligente de espécies nativas da flora do Cerrado para comercialização, com foco em paisagismo e restauração ecológica de áreas degradas. O empreendimento, inédito no Brasil, além da produção de plantas nativas e algumas raras, trabalha também com as ameaçadas de extinção.
David Canassa, diretor das Reservas Votorantim, explica que esse novo olhar para o negócio trouxe, além de melhorias estruturais, mudanças no modelo de trabalho, que incorporou pesquisa científica e tecnologia à produção vegetal. “As pesquisas são essenciais em duas frentes: a primeira é nos indicando quais as espécies com maior necessidade de conservação, ou seja, as raras ou ameaçadas de extinção. Já a segunda é como vamos produzi-las. Desse trabalho, identificamos as espécies com potencial ornamental, econômico e conservacionista, aliando a ampliação da biodiversidade ao paisagismo urbano e serviços ecossistêmicos promovidos pelas plantas, como atração de aves, controle de pragas urbanas, conforto térmico, drenagem do solo, entre outros benefícios”, explica. A produção teve início em 2018 e tem capacidade para 200 mil plantas. No local são cultivadas cerca de 80 espécies diferentes, entre elas a aroeira, o angico, baru, canela-de-ema, pitomba, guariroba, pequi e ipê. As plantas produzidas atendem à demanda de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras em projetos de recuperação da flora e paisagismo urbano. “As regiões brasileiras de Cerrado possuem uma enorme demanda de recuperação de áreas degradadas, incluindo o Estado de Goiás. Por outro lado, atualmente, são poucas as iniciativas de produção de espécies nativas em maior escala. Com o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, oferecemos soluções para essas áreas, da muda, plantio à manutenção, além de ajudar na arborização de centros urbanos e atender empreendedores no processo de compensação ambiental, contribuindo para a conservação do Cerrado,” acrescenta o diretor.

O Centro de Biodiversidade está localizado no Legado Verdes do Cerrado, uma área de 32 mil hectares, no Norte Goiano. Foto: Luciano Candisani.Canassa também chama a atenção para espécies que possuem grande importância econômica e ambiental, e que estão na lista de espécies vegetais ameaçadas de extinção. “O pequi e o baru, por exemplo, são a base alimentar de muitas espécies da fauna do Cerrado, incremento de comunidades locais e até mesmo negócios de grande porte. Mas também são espécies ameaçadas de extinção, tornando necessárias diferentes abordagens de conservação, dentre elas, a produção de mudas e árvores dessas espécies. Por isso, procuramos dar ênfase a produção que atenda às necessidades do mercado, mas também de conservação”, finaliza Canassa. Rio Traíras na Reserva. Foto: Luciano Candisani

Sobre o Legado Verdes do CerradoO Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram:www.facebook.com/legadoverdesdocerradowww.instagram.com/legadodocerrado 

Sobre a CBA Desde 1955, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio atua de forma integrada, da mineração ao produto final, incluindo a etapa de reciclagem. Com capacidade de gerar 100% da energia consumida através de fontes renováveis, a CBA fornece soluções sustentáveis para os mercados de embalagens, transportes, automotivo, construção civil, energia e bens de consumo, além de ser líder em reciclagem de sucata industrial de alumínio.Com a abertura de capital em 2021 (CBAV3), foi a primeira Companhia no segmento a ter ações negociadas na B3 e ingressou na carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial – no seu primeiro ano de elegibilidade. Com receita líquida de R$ 8,4 bilhões em 2021 e R$ 1,5 bilhão de EBITDA ajustado no período, a CBA tem o compromisso de garantir a oferta de alumínio de baixo carbono em parceria com os stakeholders, desenvolvendo as comunidades em que está inserida e promovendo a conservação da biodiversidade.Quer saber mais? Acesse www.ri.cba.com.br

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