O deputado federal Zacharias Calil (UB) apresentou projeto de lei na Câmara dos Deputados para que o sino Vox Patris, instalado no Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, seja reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Brasil. O governador Ronaldo Caiado (UB) já formalizou o reconhecimento estadual. “Mas a magnitude desse símbolo — enquanto patrimônio coletivo da fé, da identidade e da memória brasileira — exige o reconhecimento também na esfera nacional”, diz o deputado.
“Mais que uma estrutura metálica, o Vox Patris é uma obra de arte sacra e narrativa cultural. Sua superfície é ornamentada com cenas da Romaria do Divino Pai Eterno, cuja origem remonta a 1840, quando a imagem da Trindade Santa foi encontrada por um casal de lavradores às margens do Córrego Barro Preto. Então desde, a devoção ao Divino Pai Eterno consolidou-se como expressão viva da religiosidade goiana e brasileira, mobilizando milhões de romeiros de todas as partes do país”, justifica Calil.
Zacharias se ampara na Lei nº 3.551/2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, e no Decreto no 3.551/2000, que, ao regulamentares o tema, preveem que a memória coletiva e os saberes associados às manifestações de fé possam ser objeto de registro e proteção. “Nesse sentido, o presente projeto de lei não cria obrigações orçamentárias nem interfere nas competências dos entes federativos. Seu objetivo é importância, simbolicamente e legalmente, a importância do Vox Patris como marco espiritual, artístico e histórico da nação brasileira.”
O deputado ressalta ainda, em seu projeto, a importância de Trindade para o estado e para a fé de todo o país, assim como o que o Fox Patris passou a agregar ao município, por ser um monumento de fé e cultura que é orgulho de Goiás e patrimônio de todo o Brasil. “Trindade é mais que uma cidade. É um santuário de fé que pulsa no coração do Cerrado, atraindo peregrinos que buscam cura, esperança e sentido. O Vox Patris é o chamado sonoro que ecoará por gerações, selando o elo entre o passado devocional, o presente de construção coletiva e o futuro da memória brasileira.”
Foto: Leandro Carvalho
