Exposição interativa e inédita no CCBB destaca o olhar de fotógrafas do Pará

by Amarildo Castro

Série Ykamiabas e o Nascimento do Muyrakytã, 2019 Fotografia digital colorida, 40 cm x 60 cm
Artista: Renata Aguiar | Acervo do Museu das Mulheres

  • Realidade virtual, sala aromática e programação paralela fazem parte da atração imersiva do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília a partir de 26 de agosto.
  • O público poderá conferir uma mostra que reafirma a relevância de uma produção fotográfica reconhecida internacionalmente como uma das mais potentes expressões visuais da Amazônia e da fotografia contemporânea artística.

A exposição celebra a pluralidade de um Pará capturado por olhares diversos e autênticos, enraizados em suas paisagens e histórias, ressaltando também a força e a sensibilidade das narrativas visuais, muitas delas atravessadas pelo olhar feminino e pela resistência de mulheres que fazem parte desse território.

De 26 de agosto a 2 de novembro, o público do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília) será transportado para o universo plural da fotografia amazônica por meio da exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará. Mais do que uma mostra fotográfica, a experiência se destaca por recursos tecnológicos e sensoriais, como óculos de realidade virtual, instalação olfativa aromática, além de programações paralelas, oficinas e ações culturais voltadas a públicos de todas as idades. A exposição tem entrada franca e pode ser visitada de terça a domingo, de 9h às 21h (entrada até 20h40), com retirada de ingressos pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria. Classificação livre.

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Idealizada pelo Museu das Mulheres, com curadoria e direção artística de Sissa Aneleh, a exposição reúne 170 obras de 11 fotógrafas paraenses, abrangendo três gerações de artistas, com produções que vão dos anos 1970 até os dias atuais. O recorte revela a potência do olhar feminino sobre temas como identidade, território, memória, ancestralidade e resistência, incluindo fotografias, vídeos, instalações, documentos e experimentações visuais.

A exposição promove um panorama da fotografia feminina amazônica, reunindo nomes consagrados como Leila Jinkings, Paula Sampaio, Walda Marques, Bárbara Freire e Cláudia Leão, ao lado de artistas da nova geração como Evna Moura, Deia Lima, Jacy Santos, Nailana Thiely, Renata Aguiar e Nay Jinknss. Cada uma imprime sua visão estética, política e poética sobre a região Norte do país, contribuindo para ampliar os repertórios da fotografia brasileira.

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No CCBB Brasília, o percurso da exposição foi pensado para envolver o visitante de forma sensorial e interativa. Destaque para a sala aromática Icamiabas, que apresenta fragrâncias criadas exclusivamente para a mostra, inspiradas nos cheiros da Amazônia e nas mulheres indígenas que dão nome ao espaço. Outra experiência única é a exibição do filme Mukatu’hary (Curandeira) em realidade expandida, que transporta o público a uma aldeia indígena por meio de tecnologia imersiva.

A interatividade também está presente em diferentes pontos da mostra por meio de realidade aumentada, que permite aos visitantes interagir com as obras, fazer selfies e gravar vídeos a partir das imagens projetadas nos ambientes expositivos.

Além da exposição, o Programa Educativo do CCBB Brasília – Rolê Cultural trará ações voltadas a escolas e famílias, com oficinas criativas, vivências sensoriais, atividades lúdicas para crianças e mediações culturais. As atividades incluem também o Sensorial Estúdio Tá Bem na Foto!, onde é possível vivenciar o funcionamento de uma câmera escura imersiva, além de ações voltadas à ancestralidade e ao fazer manual com materiais sustentáveis da floresta. Os ingressos poderão ser retirados no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria. Os agendamentos para grupos e escolas podem ser realizados gratuitamente pela plataforma Conecta: conecta.mediato.art.br.

A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil e Ministério da Cultura via Lei Rouanet, com coordenação e produção do Museu das Mulheres.

AS ONZE FOTÓGRAFAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

o   Bárbara Freire: Une fotografia urbana e poética, destacando a relação entre narrativas fotográficas, audiovisuais e documentais em suas imagens, que ora estão no experimental, ora no registro da diversidade visual do Pará.

o   Cláudia Leão: Especialista em fotografia experimental, lança mão de processos alquímicos de fotografia, interligando elementos diversos aos processos de revelação de negativos fotográficos e composição física de obras.

o   Deia Lima: sua obra ressignifica a imagem das mulheres e apresenta a identidade visual regional na era digital.

o   Evna Moura: Explora a fotografia experimental, direta e performática, utilizando processos analógicos e digitais para criar imagens que dialogam com a ancestralidade, a espiritualidade afro-amazônica e o meio ambiente urbano amazônico, além de registrar personalidades LGBTQIAPN+ regionais.

o   Jacy Santos: influenciada pela fotografia documental regional, suas imagens retratam o cotidiano amazônico com um olhar humanista e poético. Seu trabalho é um testemunho visual das identidades sociais e culturais da região.

o   Leila Jinkings: Fotógrafa e documentarista com forte envolvimento nos movimentos sociais, sua obra é um registro da luta política e cultural da Amazônia e do Brasil.

o   Nailana Thiely: Dedica-se à documentação de culturas indígenas, ribeirinhas e afrodescendentes, acrescentando um olhar intimista aos retratados, o que valoriza a narrativa.

o   Nay Jinknss: Com uma abordagem decolonial e social, retrata questões de identidade, feminismo negro e mulheres representativas da cultura amazônica.

o   Paula Sampaio: Reconhecida por seu trabalho no fotojornalismo e na documentação de comunidades ribeirinhas e quilombolas, retrata a resistência das populações tradicionais, as memórias urbanas de Belém e a exploração ambiental da Amazônia.

o   Renata Aguiar: Doutora em Artes Visuais, investiga as relações entre corpo, território, performance fotográfica, autobiografia, ritualidade e cultura artística local, além de abordar a representatividade LGBTQIAPN+ na Amazônia.

o   Walda Marques: Mescla fotografia documental e arte conceitual, percorrendo a identidade, a memória e a religiosidade urbana amazônica.

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CCBB BRASÍLIA

A programação paralela da exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará conta com atividades especiais, como o show Vertentes. A apresentação acontece nos dias 24 e 25 de outubro, trazendo a riqueza musical da região em uma celebração vibrante da cultura amazônica. Mais informações no Instagram e site do CCBB Brasília.

CURADORA E DIRETORA ARTÍSTICA – Sissa Aneleh é curadora, pesquisadora, historiadora da arte, diretora artística e gestora cultural, doutora em Artes Visuais pela Universidade de Brasília

(UnB) e mestra em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Com mais de quinze anos de atuação na pesquisa de fotografia, artes plásticas e artes visuais, seu trabalho concentra-se na valorização da produção artística da Amazônia e do Brasil, com ênfase na perspectiva feminina e decolonial.

Especialista em fotografia paraense, identidade e território, Sissa desenvolve projetos que ampliam as narrativas visuais da região, desafiando representações hegemônicas e promovendo o protagonismo de mulheres artistas amazônicas. Além da curadoria de exposições nacionais e internacionais, é diretora e curadora geral do Museu das Mulheres.

MUSEU DAS MULHERES – O Museu das Mulheres (Museu DAS) é o primeiro museu dedicado às mulheres no Brasil. Constitui-se como uma instituição de arte privada, fundada em 2022. Nasceu da vontade de reconhecer o valor da produção artística, intelectual e prática das mulheres no Brasil e no mundo. Tem por visão e missão institucionais: impulsionar o avanço das mulheres e valorizar o protagonismo feminino em arte, cultura, literatura, educação, música, patrimônios material e imaterial, tecnologia, história, pesquisa e demais áreas de realização das mulheres. Museu híbrido, atua tanto no universo físico quanto no virtual, lança projetos em ambientes espaciais imersivos e interativos – com Realidade Expandida (XR), Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) – e, por extensão, tem salas expositivas no Metaverso. Possui programação em artes plásticas e visuais, cinema, eventos, além de programa educativo, área de pesquisa, editora e acervo.

Sobre o CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília) foi inaugurado em 12 de outubro de 2000. Sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.

Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, dispõe de amplos espaços de convivência, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.

Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, projeto contínuo de arte-educação, que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz, acolhendo o público espontâneo e, especialmente, estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, por meio de visitas mediadas agendadas.

Em 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, cuja renovação anual ratifica o compromisso da instituição com a gestão ambiental e a sustentabilidade.

Acessibilidade

A exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará possui audiodescrição de obras, audioguia e intérprete de Libras na programação paralela e nos vídeos de divulgação. A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília, de quinta- feira a domingo. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes. A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que

está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo.

Horários da van: Biblioteca Nacional – CCBB: 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h e 20h

CCBB – Biblioteca Nacional: 13h30, 14h30, 15h30, 16h30, 17h30, 18h30, 19h30, 20h30 e 21h30.

ASSESSORIA DE IMPRENSA DA EXPOSIÇÃO

Baú Comunicação Integrada: bau@baucomunicacao.com.br

Imagens e outros materiais de apoio: https://drive.google.com/drive/u/2/folders/1Zsgb- RvRoCzl9DELS9XZ0zfloioXR5lx

Contato: Michel Toronaga: (61) 98185-8595

Assessoria de imprensa do CCBB DF

Jamerson de Sousa Costa: (61) 3108-7600 | (61) 98147-3594 jamersoncosta@bb.com.br

Exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará Período: De 26 de agosto a 2 de novembro de 2025 Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 2, Lote 22 – Brasília – DF Ingressos gratuitos: Disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças Informações: (61) 3108-7600 | ccbbdf@bb.com.br

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