FGTS amplia teto do Minha Casa Minha Vida para 2026

by Amarildo Castro
  • Especialista destaca necessidade de planejamento e alerta para cautelas na hora do financiamento
  • Para o especialista em mercado imobiliário Heitor Kuzer, a garantia de estabilidade profissional e garantia de renda devem guiar a decisão do comprador

O Conselho Curador do FGTS aprovou, neste mês de novembro, a elevação dos valores máximos dos imóveis financiáveis pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) a partir de 2026. A atualização dos tetos busca acompanhar o encarecimento dos imóveis em diferentes regiões do país e ampliar o alcance do programa entre famílias de baixa renda.

Pelas novas regras, municípios com mais de 750 mil habitantes poderão ofertar imóveis de até R$275 mil dentro do MCMV. Já as cidades com população entre 100 mil e 300 mil moradores terão limite de R$245 mil. A medida beneficia especialmente famílias enquadradas nas faixas 1 e 2 do programa, com rendas entre R$0 e R$4.750 mensais, que passam a ter acesso a imóveis mais compatíveis com os preços praticados no mercado local.

Para Heitor Kuzer, especialista em mercado imobiliário e CEO do CIMI360, o reajuste dos tetos tende a impulsionar a demanda e facilitar a compra da casa própria, mas exige atenção das famílias ao assumir um financiamento de longo prazo. 

“Nós temos uma característica no Brasil de que o tomador de crédito não faz a conta de qual é o juros; faz a conta se cabe no bolso dele pagar a prestação. Acontece que eventualmente ele acha que vai dar. Então ele tem que pensar: o meu emprego está sólido? Caso eu perca o emprego, eu consigo depois um complemento de renda? Consigo alguém para ajudar na composição de renda para pagar as prestações?. Essas devem ser as principais preocupações”, alerta Kuser.

O Conselho também aprovou o Orçamento Financeiro, Operacional e Econômico do FGTS para 2026, que prevê mais de R$160 bilhões. Desse total, cerca de R$144 bilhões serão destinados exclusivamente à habitação. A ampliação dos subsídios é outro ponto de destaque: famílias da região Norte poderão receber até R$65 mil para a aquisição da casa própria por meio do programa, reforçando o apoio às regiões com maiores desafios de acesso à moradia, por exemplo.

Postagens relacionadas

Deixe um comentário