- Atração de estagiários e aprendizes exigirá mais empatia, propósito e leitura comportamental do que domínio técnico
O mercado de trabalho de 2026 será marcado pela convivência entre cinco gerações, Baby Boomers, Geração X, Millennials, Geração Z e Alpha, e também por um novo equilíbrio entre tecnologia e sensibilidade humana. Para as empresas, apresentar-se de forma atraente para os jovens talentos exigirá mais do que processos digitais: será preciso compreender valores, propósito e comportamento.
Segundo Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios, “as Gerações Z e Alfa não se movem só por promessas de estabilidade, estão olhando para experiências concretas de aprendizado e crescimento. Por isso, o desafio das empresas é alinhar diferentes gerações em torno de um mesmo propósito, conciliando empatia, escuta ativa e tecnologia”.
A seguir, confira seis tendências que devem guiar o recrutamento e seleção de jovens talentos em 2026:
1. O comportamento e fit cultural vêm antes da técnica
O mercado de estágios e programas de aprendizagem está se tornando mais seletivo e humano. As empresas têm percebido que habilidades técnicas podem ser ensinadas, mas atitudes, valores e postura são diferenciais difíceis de formar.
Mais do que saber “fazer”, é essencial saber “ser” e estar alinhado à cultura organizacional. O fit cultural passa a ser um filtro importante para os recrutadores, avaliando se o jovem compartilha dos mesmos valores, propósitos e formas de colaboração que movem a empresa. Essa leitura comportamental ajuda a reduzir a rotatividade e a construir vínculos mais sólidos, além de criar times mais coesos e alinhados ao propósito da organização.
Competências como comunicação, trabalho em equipe, resiliência e capacidade de resolver problemas devem ganhar ainda mais peso nos processos seletivos, substituindo parte das exigências por conhecimentos específicos.
2. Busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Os jovens talentos querem se dedicar, mas não a qualquer custo. Pesquisas da Companhia de Estágios mostram que 96% dos aprendizes que têm entre 14 e 24 anos priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e 87% almejam conquistas materiais. Isto é reflexo de uma geração que valoriza o esforço, mas também o sentido do trabalho.
Nesse contexto, o recrutamento precisa transmitir coerência entre o que a empresa diz e o que pratica. Se o discurso fala em flexibilidade, mas a prática mostra jornadas rígidas e ausência de escuta, a mensagem se perde.
Propósito, cultura e autenticidade são filtros decisivos para essa geração, que busca ambientes saudáveis e com espaço para a expressão individual.
3. Experiência do candidato com a identidade da empresa
Processos longos, impessoais e pouco claros afastam candidatos. Para uma geração acostumada à velocidade e à personalização, uma boa experiência de candidatura inclui etapas objetivas, feedbacks construtivos e comunicação clara.
Cada empresa deve imprimir sua marca nessa jornada, e isso envolve traduzir sua cultura em cada etapa do processo seletivo. Práticas de employer branding ganham força, transformando o recrutamento em uma vitrine do que a organização representa.
Experiências únicas, como processos gamificados, desafios colaborativos ou até escape rooms corporativos, ajudam a atrair talentos de forma criativa e autêntica, fortalecendo o vínculo emocional com a marca empregadora.
Mais do que avaliar, as empresas precisam demonstrar que respeitam o tempo e o desenvolvimento do candidato.
4. Presença da IA se intensifica nas etapas iniciais
A tecnologia terá um papel cada vez mais estratégico na triagem e no mapeamento de perfis, com o uso de inteligência artificial, análise de dados e plataformas preditivas. Essas ferramentas auxiliam na gestão de grandes volumes de inscrições, ajudam a reduzir vieses inconscientes e otimizam o tempo dos recrutadores.
No entanto, o toque humano segue insubstituível. A leitura de nuances, como entusiasmo, curiosidade e motivação, ainda depende da sensibilidade de quem entrevista. O futuro do recrutamento passa pelo equilíbrio entre algoritmos e empatia: usar a tecnologia como apoio, e não como substituta da conexão humana.
5. Aprendizado contínuo e mobilidade interna
Os jovens querem se sentir em movimento: aprendendo, testando e crescendo. Ambientes que oferecem trilhas de desenvolvimento, programas de rotação e feedbacks regulares ganham vantagem competitiva.
Mais do que benefícios ou salários, o que retém talentos é a sensação de evolução constante. Por isso, empresas que estimulam a mobilidade interna, permitindo que o estagiário ou aprendiz explore diferentes áreas, tendem a formar profissionais mais engajados e inovadores.
A ausência de oportunidades concretas de aprendizado é hoje o principal motivo de desconexão e desmotivação entre estagiários e trainees. Em 2026, quem oferecer experiências reais de crescimento terá vantagem.
6. Maior importância da cultura corporativa e comunicação interna
Com cinco gerações atuando lado a lado, a cultura corporativa ganha um papel estrutural: ela deixa de ser um atributo de marca empregadora e passa a ser o ambiente vivo que orienta comportamentos, facilita trocas e cria um senso comum de direção. Em 2026, o desafio não é usar a cultura para atrair jovens talentos, mas para manter equipes diversas engajadas, integradas e alinhadas ao mesmo propósito.
Uma cultura clara, reforçada diariamente pelas lideranças e comunicação interna, funciona como um código compartilhado capaz de reduzir ruídos entre diferentes formas de pensar, aprender e trabalhar. Ela oferece referências sobre como colaborar, como dar e receber feedback, como resolver conflitos e como tomar decisões, criando um espaço mais seguro para que jovens talentos contribuam com autenticidade.
Nesse contexto, a liderança se torna o principal agente dessa cultura. Não se trata apenas de orientar tarefas, mas de promover diálogos, estimular interações entre gerações e fortalecer rituais que constroem identidade coletiva, como reuniões de alinhamento, mentorias (inclusive reversas), fóruns de discussão e celebrações de conquistas. São esses mecanismos que mantêm o ambiente integrado e fazem com que os diferentes perfis se reconheçam dentro de um mesmo objetivo.
“Liderar jovens talentos em 2026 exigirá disposição para ouvir e entender o que os move. Mais do que controlar, será preciso inspirar e criar senso de pertencimento”, conclui Mavichian.
SOBRE A COMPANHIA DE ESTÁGIOS
A Companhia de Estágios é a consultoria mais bem avaliada do segmento. Oferece soluções em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e jovens aprendizes e realiza a emissão e administração de contratos de estágio, atuando como agente de integração. Além disso, oferece o programa Jovem Aprendiz, cuidando da formação dos jovens e até da folha de pagamento e benefícios para as maiores organizações do país. Com o propósito de fomentar a entrada de estudantes no mercado e guiar cada vez mais talentos e empresas para o amanhã, tem mais de 2 milhões de candidatos cadastrados em sua base. A empresa usa inteligência artificial, gamificação e processos no metaverso para proporcionar a melhor experiência aos candidatos das mais de 4 mil vagas que gerencia anualmente. É responsável pela construção de programas de atração de talentos para mais de 1000 clientes, no Brasil e América Latina, entre eles, Boeing, Volvo, Pirelli, Clariant, Nissan, Bunge, e Alcoa. Atualmente, a Companhia de Estágios é a consultoria de recrutamento e seleção melhor avaliada pelos candidatos no Google e Facebook (4,9/5) e possui certificação do GPTW de 2020 a 2025. Em cinco anos consecutivos, incluindo 2025, recebeu o prêmio Fornecedor de Confiança (Melhor RH). Em 2024 e 2025, foi destaque no prêmio The Best Brands, da Melhor RH, na categoria Recrutamento e Seleção. Também em 2024 e 2025, foi classificada no Top 5 do Top of Mind de RH. Mais informações em www.ciadeestagios.com.br