- Em meio ao Mês do Professor, especialista defende que o acolhimento emocional e a empatia são pilares para a saúde mental e o fortalecimento da educação básica no Brasil
A saúde mental dos professores brasileiros vive um cenário crítico. Uma pesquisa da Nova Escola e do Instituto Península revela que 60,1% dos educadores sofrem com ansiedade, 48,1% relatam cansaço excessivo e 41,1% enfrentam problemas de sono. Além disso, segundo o Instituto Semesp (2024), oito em cada dez docentes já pensaram em deixar a profissão, um dado que escancara a urgência de políticas voltadas ao bem-estar e à valorização da categoria.
Para a neuropedagoga Mara Duarte da Costa, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, ouvir o professor é reconhecer sua humanidade e seu papel central no processo de aprendizagem. “Muitos educadores estão emocionalmente sobrecarregados. A escuta ativa permite que eles expressem angústias e necessidades, criando um espaço de apoio e pertencimento dentro da escola”.
Mara explica que a escuta não deve se limitar a ações isoladas, mas fazer parte da cultura das instituições de ensino. “A valorização acontece quando o professor é ouvido de forma genuína. Essa prática fortalece o engajamento, reduz o absenteísmo e melhora o clima organizacional, refletindo diretamente no desempenho dos alunos”, afirma.
Para ela, o cuidado com o docente vai além da formação técnica. “É fundamental criar espaços de diálogo e apoio psicológico. Cuidar de quem ensina é também cuidar da qualidade da educação”, ressalta.
A Rhema Neuroeducação, que atua na formação de professores desde 2009 , vem incorporando essa abordagem em seus programas de capacitação. “Quando o professor se sente ouvido, ele desenvolve mais segurança e empatia, elementos essenciais para a inclusão e para a construção de ambientes escolares saudáveis”, explica a especialista.
De acordo com a neuropedagoga, existem cinco formas de praticar a escuta ativa na escola:
- Reserve tempo para ouvir: crie momentos específicos para conversas com professores, sem interrupções ou julgamentos.
- Valide sentimentos: reconhecer emoções fortalece o vínculo e transmite segurança emocional.
- Promova rodas de diálogo: encontros mensais ajudam a compartilhar experiências e reduzir a sensação de isolamento.
- Evite respostas imediatas: escutar não é resolver, é compreender antes de propor soluções.
- Invista em formação emocional: cursos sobre comunicação empática e autorregulação ajudam o professor a lidar melhor com o estresse e a frustração.
A especialista reforça que a escuta também deve ocorrer entre pares. “Criar redes de apoio entre professores é uma forma poderosa de reduzir o isolamento e promover trocas de experiências que fortalecem o coletivo. Isso muda a dinâmica da escola, tornando-a um espaço mais humano e colaborativo”, conclui.
Sobre Mara Duarte da Costa
Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 90 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.
Sobre a Rhema Neuroeducação
A Rhema Neuroeducação foi criada por Fábio da Costa e Mara Duarte da Costa em 2009 com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo de neuroeducação e desenvolvimento infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares. A empresa atua em todo o Brasil e em mais de 20 países, impactando a vida de milhões de pessoas pelo mundo com cursos de graduação, pós-graduação, cursos de capacitação e eventos gratuitos. Para mais informações, acesse o site https://rhemaneuroeducacao.com.br/.