GUARÁ – Antiga Casa da Cultura é parcialmente demolida após desocupação do movimento Olga Benário

by Amarildo Castro

Executivo local proveu esta semana várias ações na construção, que em termos, praticamente deixa o local com aspecto de demolido

Por Amarildo castro

Após toda a polêmica que envolveu o movimento Olga Benário, que ocupou por quase dois meses a antiga Casa da Cultura do Guará, o local passou por uma drástica mudança nos últimos dias, com interferência direta da Administração Regional do Guará, que após a saída dos jovens que estavam no espaço, aproveitou de imediato para retirar praticamente todo o telhado, interferir em algumas partes da casa, que segundo um laudo da Defesa Civil (não divulgado ao público) que mostrava risco de desabamento. Assim o Executivo local executou uma série de ações que agora praticamente inviabiliza qualquer tentativa de ocupação, visto que a construção foi em parte, destruída.

Por meio de uma explicação oficial, a pedido da reportagem do Blog do Amarildo, a Administração do Guará informou que foi realizada uma operação na data do dia 21/12/2022 (quarta-feira), assim foi feito uma nova vistoria pela Defesa Civil e emitido um novo relatório onde foi ratificado o laudo anteriormente emitido, com tais solicitações:
 

“1. Fica o local ainda interditado;

2. A Administração Regional do Guará, deverá realizar imediatamente, o escoramento das cintas de onde foram constatados riscos estruturais nos
dois pontos onde foram retirados os pilares;

3. Deverá providenciar, com pessoa qualificada, laudo técnico da edificação e ART dos escoramentos, aproveitando esta documetação junto a Defesa
Civil conforme descrição em termo de interdição n° 87/2022

Sendo assim, esta Administração do Guará de forma imediata fez todo o escoramento nas vigas comprometidas, e também retirou parte das telhas, para diminuir a sobrecarga nas cintas que tem como função sustentar toda a estrutura do telhado e assim evitando um colapso estrutural. Vale ressaltar que grande parte das telhas se encontravam danificadas pelo fator tempo, ocasionando infiltrações em diversos pontos da casa.

O local é objeto de Parceria Público-Privada e após seguir os trâmites processuais será reformado para uso da população”.

Operários fizeram várias intervenções, que deixaram o espaço praticamente sem telhas, e com algumas partes ‘destruídas’. Segundo informação, seria para evitar sobrecarga sobre a estrutura, que poderia cair

Embora esteja cumprindo uma solicitação oficial, na prática, apurou a reportagem, as ações servem em especial para evitar também novas ocupações e desgaste do próprio governo e da gestão frente à Administração do Guará, que teve muita dificuldade em lidar com a situação da ocupação, e principalmente em negociar com os ocupantes, que em todo o momento, afirmaram não serem invasores frente ao abandono da Casa e das leis vigentes no país que tratam em alguns artigos, sobre essa questão de abandono de espaços públicos.

Como há um processo de PPP em andamento, a reportagem do Blog do Amarildo, em apuração paralela à situação, mostra que não há a menor possibilidade de o espaço ser revitalizado antes que esse projeto de PPP seja concluído ou, no caso, uma desistência do mesmo.

A situação fez também com que alguns defensores do espaço desistissem de continuar militando pela causa. É o caso de Janete das Graças, presidente do Clube Museu do Disco de Vinil de Brasília. “Tentei muito, fiz minha parte, perdi minhas forças”, citou à reportagem.

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