- Polícia Civil mapeou o trajeto do homem, que mais recentemente era o suspeito de ter roubado um Honda HR-V no Guará
Por meio de um trabalho de inteligência, a investigação da 4ª DP rastreou passo a passo o suspeito do roubo de um Honda HR-V através de câmeras de segurança, desde o roubo à mão armada até seu esconderijo. E assim, prendeu um homem que vinha sendo acusado de atormentar a vida dos moradores do Guará e região com assaltos, roubos e furtos.
Diante das denúncias que envolviam os crimes, a 4ª Delegacia de Polícia (Guará), deflagrou a Operação Rota de Fuga, que resultou na identificação e pedido de prisão temporária de Isaac Chaves de Oliveira, de 32 anos, que é, segundo a 4ª DP, autor confesso de múltiplos roubos de veículos na região. O nome da operação faz referência ao minucioso trabalho investigativo que rastreou todo o trajeto percorrido pelo criminoso após roubar, à mão armada, um Honda HR-V de uma taxista de 65 anos.
Rastreamento tecnológico define nome da operação
A denominação “Operação Rota de Fuga” foi escolhida estrategicamente pela equipe investigativa, pois o caso foi elucidado justamente pelo mapeamento completo do trajeto do criminoso. As câmeras de segurança permitiram traçar a rota exata: desde o momento do roubo à mão armada do Honda HR-V, passando pelo abandono do veículo em Vicente Pires, até a entrada do autor em seu esconderijo – um prédio residencial onde mora com sua genitora.
Na noite de 17 de setembro de 2025, por volta das 20h50, a taxista de 65 anos foi vítima de um roubo violento quando visitava sua irmã na QI 14 do Guará. Dois indivíduos em uma bicicleta observaram a vítima estacionar seu Honda HR-V branco. Um deles desceu, sacou uma arma de fogo e, mediante grave ameaça, proferiu as palavras “Perdeu, passa a chave”, subtraindo o veículo e fugindo em direção à EPTG.
O veículo foi posteriormente localizado pela Polícia Militar na Rua 7 de Vicente Pires, abandonado próximo ao Colégio Biângulo, sendo restituído à vítima.
Trabalho investigativo
A equipe da Seção de Investigação de Crimes Contra Veículos e Objetos (SICVIO) da 4ª DP iniciou imediatamente as diligências. Por meio da análise minuciosa de câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais e da Secretaria de Segurança Pública, os investigadores conseguiram:
Capturar toda a dinâmica do crime: desde o momento em que os criminosos observaram a vítima até a fuga;
Rastrear o trajeto do autor: as imagens mostraram o criminoso abandonando o veículo e caminhando até um prédio residencial na Rua 10 de Vicente Pires;
Identificar o suspeito: através de trabalho de inteligência e conversas com moradores, foi possível identificar Isaac Chaves de Oliveira como o principal suspeito do crime.
O Delegado Léda, responsável pela investigação, destacou: “O trabalho meticuloso da equipe SICVIO foi fundamental. Conseguimos mapear toda a rota de fuga do criminoso por intermédio das imagens, desde o momento em que ele roubou o Honda HR-V à mão armada até sua entrada no prédio residencial onde se escondeu. Essa análise tecnológica foi determinante para identificarmos o autor.”
Reconhecimento pela vítima
Em 29 de setembro, a vítima compareceu à delegacia e, durante procedimento formal de reconhecimento fotográfico, identificou com absoluta certeza e convicção Isaac Chaves como o homem que a abordou. “Eu estava a cerca de um metro dele, vi perfeitamente seu rosto. Não tenho dúvidas de que foi ele”, afirmou a taxista.
Criminoso Contumaz e Reincidente
A investigação revelou que Isaac Chaves possui extenso histórico criminal:
8 inquéritos policiais instaurados em seu desfavor
6 procedimentos por roubo majorado com emprego de arma de fogo
5 mandados de prisão preventiva expedidos
5 recomendações de prisão ativas
Mesmo estando em regime de prisão domiciliar desde julho de 2025, o investigado continuou praticando crimes. Apenas dois dias após o roubo contra a taxista, em 19 de setembro, Isaac foi flagrado em outro roubo de veículo na QI 1 do Guará II, quando foi abordado pela PM dentro de um Volkswagen Polo roubado mediante ameaça com arma de fogo.
Medidas Cautelares Solicitadas
A PCDF representou ao Poder Judiciário pelas seguintes medidas:
Prisão temporária por 30 dias, fundamentada na necessidade de garantir a eficácia das investigações e evitar a reiteração criminosa;
Mandado de busca e apreensão no endereço do investigado visando apreender a arma de fogo utilizada no crime, aparelhos celulares e outros elementos probatórios;
Quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos para aprofundar as investigações e identificar possíveis comparsas.
“A situação é gravíssima. Temos um criminoso que, mesmo monitorado judicialmente, continua aterrorizando a população. A prisão temporária é essencial para resguardar a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal”, enfatizou o Delegado Léda.