Aparecem as primeiras pilastras da UPA do Guará e obra deve ser entregue até junho de 2026

by Amarildo Castro

Unidade, que começou a ser construída no último mês de junho fica em frente à Estação Guará (do Metrô-DF), fazendo parte de um pacote de obras da Saúde no valor de R$ 117 milhões (Fotos de Joel Rodrigues)

Depois de seis meses de obras, a nova Unidade de Pronto Atendimento do Guará (UPA) está com obras avançadas, e as primeiras pilastras já podem ser vistas para quem passa pela região. A unidade, sob responsabilidade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), faz parte de um pacote de obras que contempla ainda o Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras. No Guará, a obra, que fica em um terreno ao lado da QI 23, já teve início. A expectativa de entrega da obra é até junho de 2026.

Com instalação de pilastras, obra parte para um novo estágio

Recentemente o governador Ibaneis Rocha destacou que o investimento total de R$ 117 milhões nas novas unidades representa o maior pacote de expansão da rede de urgência e emergência do DF dos últimos anos. “Estamos instrumentando e dando condições para que a saúde do Distrito Federal melhore cada vez mais. São unidades em cidades que ainda não tinham equipamentos de saúde”, afirmou.

A unidade, sob responsabilidade do IgesDF, são erguidas nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras | Foto: Divulgação/IgesDF

“A nossa população é de aproximadamente 3 milhões de habitantes, e atendemos na rede mais 2 milhões de pessoas que vivem no Entorno. Temos hospitais em Brasília em que 40% dos partos são de pessoas que vêm de fora do DF. Além dos contratos para construção destas seis unidades de pronto-atendimento [UPA], nós estamos com três hospitais em construção”, disse Ibaneis Rocha.

As construções são executadas de forma simultânea, por quatro empresas contratadas, seguindo um cronograma físico-financeiro que prevê repasses mensais conforme o andamento das obras. Cada unidade deve gerar entre 100 e 150 empregos diretos e outros 300 a 400 empregos indiretos. Juntas, as sete UPAs devem gerar até 1.050 empregos diretos e 2.800 indiretos, movimentando significativamente a economia local.

“O governador nos deu uma missão bem-definida, e estamos cumprindo. Trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Saúde [SES-DF], Secretaria de Governo [Segov], Procuradoria e Tribunal de Contas para garantir transparência e agilidade no processo. Esse é um compromisso firmado com a população”, destacou o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. 

UPAs modernas, sustentáveis e inteligentes

Cada nova UPA será de porte 3, o maior dentro da classificação do Ministério da Saúde, com área construída de 2.632 m². Elas contarão com 65 leitos, sendo 33 destinados ao público adulto e 32 para atendimento pediátrico, além de consultórios médicos, salas de estabilização, isolamento, curativos, laboratório, brinquedoteca, farmácia, serviço de imagem, refeitório e áreas de apoio aos profissionais.

As UPAs tiveram seus projetos desenvolvidos na plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção), um modelo digital inteligente da edificação que reúne todas as informações do projeto em um ambiente integrado. Isso permite antecipar e solucionar possíveis interferências entre os sistemas da obra, como estrutura, elétrica, hidráulica e climatização, evitando incompatibilidades no processo construtivo.

“Essa plataforma proporciona mais agilidade na tomada de decisões, redução de erros, economia de recursos e um acompanhamento mais eficiente da execução”, explicou o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Júnior.

Os projetos foram devidamente aprovados pela Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde e englobam soluções tecnológicas sustentáveis, como energia fotovoltaica, climatização central com renovação de ar, sistema de dados estruturado, redundância elétrica com geradores e usinas de ar comprimido medicinal. Tudo isso garante funcionamento ininterrupto, mesmo em casos de queda de energia.

As cidades que recebem as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Atendimento humanizado e geração de emprego

O presidente do IgesDF também adiantou que, paralelamente às obras, serão abertos processos seletivos para formação das equipes que vão atuar nas novas unidades. “O planejamento prevê que, no momento da entrega das UPAs, todas já estejam com as equipes formadas e treinadas, garantindo início imediato dos atendimentos”, afirmou.

As UPAs funcionam como uma ponte entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais, oferecendo atendimento de urgência e emergência em casos como fraturas, cortes, falta de ar, crises hipertensivas, infecções e outros agravos que exigem intervenção rápida. Também oferecem exames como raio-X, eletrocardiograma e laboratório básico.

Atualmente, o Distrito Federal conta com 13 UPAs sob gestão do IgesDF. Dessas, sete foram inauguradas entre 2021 e 2022, nas cidades de Ceilândia (segunda unidade), Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia.

Com a entrega das novas unidades, a rede passa a contar com 20 UPAs funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, reforçando a capacidade de atendimento e garantindo assistência mais rápida, segura e perto de quem mais precisa.

*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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