
- 190 jovens tiveram a oportunidade de acompanhar de perto grandes nomes do voleibol mundial
Na última sexta-feira (6/06), 190 atletas da rede pública de ensino que disputam os Jogos Escolares do Rio de Janeiro (JERJ) puderam viver a experiência única de assistir a uma partida da Liga das Nações de Vôlei no Maracanãzinho, torneio que conta com as melhores seleções do mundo. O jogo feminino entre Coreia do Sul e Itália reuniu grandes nomes do voleibol e, com certeza, ficará sempre na memória dos jovens que estiveram presentes.
— Essa é uma oportunidade que pode mudar vidas. Nosso objetivo é que esses jovens se espelhem nas atletas que estavam em quadra, absorvam essa energia de superação e percebam até onde o esporte pode levá-las. Queremos que se sintam incluídas nesse grande movimento. É assim que despertamos sonhos e ajudamos a formar grandes campeões — declarou o secretário estadual de Esporte e Lazer Rafael Picciani.

Além do grupo do JERJ, a ida de 20 atletas, estudantes do Colégio Estadual Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, foi possibilitada por uma parceria da Secretaria de Esporte e Lazer com a Secretaria de Educação. A escola foi selecionada porque tem um time feminino e masculino de vôlei. A prática esportiva do voleibol foi implementada na unidade neste ano e já conta com muitos alunos apaixonados. Todos destacaram a felicidade de ver de perto as maiores jogadoras do voleibol mundial, que servem de inspiração para as novas gerações.
— Esta parceria possibilita que os nossos jovens plantem sonhos dentro dos seus corações, que serão cultivados no futuro. Acreditamos que o esporte corrobora para a melhoria da qualidade da educação. Por isso, é tão fundamental que a educação e o esporte caminhem juntos. Que eles curtam bastante e emanem muita energia positiva para os atletas — destacou a secretária de Educação, Roberta Barreto.
Emily Almeida, de 15 anos, contou o sentimento que viveu essa noite.
— É uma experiência muito legal. Isso tudo é muito novo pra mim, quando eu descobri que eu vinha, fiquei muito emocionada. E é uma questão de aprendizado também, de ver outras jogadoras, grandes seleções. A gente aprende muito vendo elas — destacou Emily.
Júlia Rodrigues, também de 15 anos, que esteve pela primeira vez no Maracanãzinho e representa o colégio Monteiro de Carvalho com a equipe de vôlei, falou sobre a oportunidade.
— É uma experiência maravilhosa porque não é qualquer campeonato, é a VNL. Eu sempre adorei jogar, assistir, é assim, incrível estar aqui hoje. Eu não consigo expressar o quanto o esporte me fez bem em várias áreas da minha vida. Hoje eu jogo na equipe da minha escola, que é conhecida pelo vôlei, e isso é motivo de orgulho para mim — contou Júlia.
Rafael Rodrigues, de 16 anos, comentou que seu sonho é estar naquela quadra.
— Estou amando poder estar aqui, poder assistir esse jogo de alto nível. Eu realmente queria poder estar naquela quadra. Meu sonho é jogar como eles um dia — disse.
O impacto de experiências como essa na vida dos alunos foi o principal objetivo dessa iniciativa, segundo Marlon Moreira, professor de física que acompanhou os alunos ao ginásio.
— Eu acho super importante que os alunos tenham chances como essa, porque muitos deles nunca tiveram contato tão próximo com o esporte, e eles adoram o vôlei. Então poder estar aqui é gratificante para eles. Eu vejo os olhos deles brilhando, a emoção. Eles estavam eufóricos para chegar esse momento. Ver uma partida da VNL fazem eles conhecerem mais sobre o esporte e os inspiram a estar ali no futuro — finalizou.
Durante a experiência, os estudantes ainda receberam uma camisa personalizada da organização da competição com a frase “Vem torcer com a gente”, reforçando o clima de integração e incentivo ao esporte.
Diretor da rede estadual atua como apontador na Liga
Stephen Bigler está, atualmente, à frente da direção do Colégio Estadual Pernambuco, em Maria da Graça, Zona Norte do Rio. Porém, ele se divide entre a missão importante de contribuir para um mundo melhor por meio da educação e o papel significativo que o esporte desempenha na formação do cidadão.
— Sou apontador da Federação de Vôlei desde os 17 anos. Eu fazia vôlei na escola, e o meu professor de vôlei, Alexandre, me chamou. Ele disse que tinha aberto o curso da modalidade pela federação e que eu tinha o perfil para atuar na arbitragem — lembrou o diretor, que há 12 anos é servidor da Secretaria de Estado de Educação, e que vai atuar como apontador principal no jogo entre República Tcheca e Estados Unidos, às 21h30, também desta sexta-feira e ao longo da competição.
Em 23 anos dedicados ao esporte, ele viveu a experiência de trabalhar em jogos importantes, como os Sul-Americanos (adulto, juvenil e infantil), os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Pré-Olímpico de Paris no naipe masculino e a Liga Mundial 2024.
Faça um comentário