Cão terapeuta ajuda crianças e adolescentes com autismo

by Amarildo Castro
Com o apoio de Max, um Border Collie, que atua como parceiro de uma equipe de profissionais de saúde, uma criança de 4 anos, com Nível 3 de suporte, superou a resistência em sair do carro e entrar nas instalações de seu centro de tratamento, tornando o momento mais leve e acolhedor.

Em seu papel como cão de apoio emocional, ele estimula habilidades sociais, emocionais e sensoriais, promovendo momentos de aprendizado e acolhimento e, muitas vezes, se torna um elo entre o paciente e o terapeuta.

Max, um Border Collie de 4 anos, acaba de se juntar à equipe do PRÓXIMO DEGRAU, centro de referência no atendimento a crianças e adolescentes com transtornos globais do desenvolvimento de alta complexidade, especialmente o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Brincalhão, dócil e cheio de energia, ele é o protagonista da nova abordagem clínica do centro de referência: a cinoterapia, terapia assistida com cães. A prática é aplicada em sessões conduzidas por profissionais da saúde com apoio de animais treinados para interagir com os pacientes de forma controlada e segura.

“A presença do animal facilita o engajamento nas atividades terapêuticas. Muitas vezes, ele funciona como um elo entre o paciente e o terapeuta, tornando o tratamento mais acolhedor e efetivo. Para que essa prática seja aplicada de forma segura e personalizada, nossa equipe técnica multidisciplinar avalia cada caso individualmente, considerando diversos fatores, até mesmo, possíveis alergias”, explica a Dra. Anita Brito, diretora técnica do PRÓXIMO DEGRAU.

Cão terapeuta de porte médio, Max começou seu treinamento aos 8 meses de idade com o adestrador Orides Cavalcante, especializado em preparar animais para apoiar o tratamento de crianças e adolescentes autistas com Nível 3 de suporte. No PRÓXIMO DEGRAU, em poucos dias de trabalho, o Border Collie apresentou resultados notáveis — entre eles, o caso de uma criança de 4 anos que conseguiu superar a resistência em sair do carro e entrar nas instalações do centro.

Com o apoio do cãozinho, que agora a recebe com entusiasmo e o acompanha até a sala de espera, um momento antes marcado pelo estresse transformou-se em uma experiência de acolhimento e alegria, fortalecendo o vínculo terapêutico e o progresso do paciente.

Colaborador focado 
Basta vestir seu “colete de serviço” para que Max compreenda que é hora de trabalhar e seguir apenas as instruções do adestrador, seja dentro ou fora da sala de atendimento. Nesse momento, é preciso resistir ao seu charme: mesmo durante os intervalos, ele não deve ser tocado ou chamado por pessoas que não fazem parte do contexto terapêutico.

“Cães em serviço nunca devem ser acariciados ou alimentados por quem não integra sua rotina de trabalho. Esses estímulos podem comprometer a atenção do animal e o andamento das atividades”, explica o adestrador Orides Cavalcante.

Assim como outros cães terapeutas, Max foi treinado para se manter calmo e previsível, favorecendo a construção de vínculo com o paciente. “Essa relação contribui para que a pessoa com autismo se sinta mais segura e motivada, o que facilita a superação de resistências comuns em ambientes terapêuticos” observa Dra Anita.

Acompanhado por um adestrador, Max participa das sessões oferecendo apoio e reforçando as dinâmicas propostas pelos profissionais de saúde. Para o cão, cada ação é vista com uma brincadeira. Isso torna cada atividade mais leve, lúdica e estimulante, proporcionando momentos de aprendizado e conexão para os pacientes. 

TEA e cinoterapia – A terapia assistida com cães é considerada uma aliada importante no tratamento de casos de autismo de alta complexidade — marcado por limitações severas na comunicação, dificuldades de interação social, comportamentos repetitivos e, muitas vezes, outras comorbidades. Ela ajuda a estimular habilidades sociais, emocionais e sensoriais, promovendo momentos de aprendizado e acolhimento.

Entre os benefícios observados estão maior atenção, mais tolerância ao toque, redução de crises de ansiedade e maior disposição para participar de interações sociais.

No PRÓXIMO DEGRAU, a cinoterapia complementa um plano terapêutico integrado, que envolve nove especialidades e mais duas integrações adicionais — PediaSuit e Neuropsicologia — fundamentadas em ciência ABA, neurociência e metodologia americana baseada em evidências, reforçando o desenvolvimento global dos pacientes.

Sobre o Próximo Degrau
O Próximo Degrau é um centro de referência especializado no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos globais do desenvolvimento de altíssima complexidade, especialmente o autismo (TEA). Fundado em 2021 pelo pai atípico Luis Paulo Luppa ( www.v2g.com.br ), o Próximo Degrau é pioneiro no Brasil na criação de uma estrutura que oferece nove especialidades no mesmo ambiente, além de 3 integrações de novas abordagens: cinoterapia, PediaSuit e neuropsicologia, utilizando a ciência ABA, neurociência e metodologia americana baseada em evidências científicas. A estrutura corporativa fica num prédio próprio em Alphaville e o corpo técnico formado por mais de 120 especialistas estão em três unidades na mesma região. Saiba mais: www.proximodegrau.com.br

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