- A segunda edição deste ano terá os noivos mais jovens e os mais idosos entre os participantes da cerimônia, que ocorrerá em 29 de junho, na Concha Acústica
Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger
Mais de 60 anos separam o casal mais jovem do mais experiente entre os participantes da segunda edição do Casamento Comunitário 2025, mas o sonho é o mesmo: oficializar a união com a pessoa amada. Manoel José de Souza, 85 anos, e Maria Ivonete Castro, 65, estão juntos há 45 anos, mas nunca casaram no civil. “É um sonho que eu tenho desde menina”, diz a mulher. Já Sidney dos Santos Dias, 19, e Eduarda Rodrigues, 18, namoram há três anos e decidiram antecipar o que imaginavam ser um plano para o futuro. “Não queremos casar tarde para não perder a magia”, define o rapaz.
Em 29 de junho, os dois casais terão a oportunidade de se tornarem marido e mulher perante a lei e diante de autoridades, familiares e amigos em uma cerimônia totalmente gratuita promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), na Concha Acústica – espaço inédito no programa que já realizou casamentos no Museu Nacional da República e no Pontão do Lago Sul. “O Casamento Comunitário é uma oportunidade de celebrar o amor com dignidade e igualdade. Queremos reforçar o sentido de união e pertencimento”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Entre os mais novos a firmarem o compromisso no Casamento Comunitário, Sidney e Eduarda simbolizam o entusiasmo do amor juvenil. Os dois se conheceram nos corredores da escola em que fizeram o ensino médio, em Arapoanga. O namoro começou aos 16 anos, quando passaram a estudar na mesma sala. Foram os interesses em comum que os aproximaram: a aptidão pelo desenho, o gosto pelo cosplay e a curiosidade pela cultura japonesa.
“No primeiro dia em que o vi na escola, eu já gostei dele. Eu ficava o observando pelos corredores para ver se dava alguma coisa. Mas foi quando a gente caiu na mesma sala e começamos a estudar junto que a gente se aproximou e se apaixonou, porque nós dois somos artistas, gostamos de desenhar, essas coisas”, lembra Eduarda.
Mesmo jovens, os dois já pensavam em casar. Mas imaginavam que esse seria um sonho distante, para quando tivessem por volta dos 30 anos. Até que se depararam com um anúncio do programa da Sejus-DF nas redes sociais. Incentivamos pela mãe da Eduarda, os dois juntaram os documentos e fizeram a inscrição no Itapoã. “A nossa expectativa é muito alta. Já estamos fazendo planos. Vamos casar primeiro e depois vamos correr atrás de oportunidades de emprego para podermos morar juntos”, conta Sidney.