Exposição Ubuntu é apresentada na Embaixada do Brasil em Londres

Yanomami. Franciere e Xoana, que são ajudantes de AIS. O AIS é a ponte entre a cultura yanomami do xapore, o pajé, e a medicina do homem branco. O seu papel é de vigilante da maloca. Os ajudantes de AIS não são remunerados.
Projeto lançado no Brasil estará em Londres em novembro de 2023

Unir culturas em torno da sensibilização o olhar sobre a importância do cuidar e da conexão entre as pessoas, acontece a exposição Ubuntu na Sala Brasil da Embaixada do Brasil em Londres, na Inglaterra, entre os dias 20 de novembro a 1 de dezembro. A iniciativa é apresentada pelo Ministério da Cultura e ONG ImageMagica, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.  

Idealizado pelo fotógrafo André François e a jornalista Paula Poleto, a exposição conta com imagens inspiradoras que trazem a reflexão sobre a conexão humana em diferentes culturas ao redor do mundo.  
O Ubuntu tem as suas origens numa filosofia africana, que se centra na humanidade, napertença e na comunidade. ‘Umuntu ngumuntu ngabantu’, um provérbio Zulu, explica bem: ‘Uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas’. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos. 

Ao longo de 13 anos, o fotógrafo registrou inúmeras iniciativas positivas na educação e na saúde em comunidades de 15 países. Temas como acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos também fazem parte do projeto.   

Para alcançar tantas histórias, André e Paula visitaram diversos lugares ao redor do mundo, como as comunidades Yanomami, em Roraima, no Brasil, e os Inuits, em Nunavut, no Canadá, passando por Japão, China, Bolívia, Camboja, Estados Unidos e Haiti, até África do Sul, Lesoto, Moçambique, Quênia, Uganda, Ruanda e Burundi.  

No evento mais recente da pandemia da Covid-19, André foi mais uma vez a campo para registrar o importante trabalho das equipes de saúde com os pacientes brasileiros. Todos os temas abordados estão interligados e nos mostram a importância dessa conexão humana para seguirmos adiante.  

O livro nos leva a um mosaico de lugares e culturas: desde terras indígenas Yanomami na Amazônia, norte do Brasil, até lugares como o Haiti, depois do terremoto, o Japão depois do tsunami, e a China. François também esteve em África, viajando por Moçambique, Quênia, Ruanda, Burundi e outros países, até aos acontecimentos da pandemia em 2020. O projeto reflete sobre como o trabalho coletivo e comunitário pode transformar positivamente as nossas vidas. 

Pelas lentes de André, as imagens mostram comunidades ao redor do mundo e conectam os espectadores a diferentes pontos de vista, buscando as particularidades de cada cultura e como elas vivem a partir do poder do ‘nós’. 

“Não é um livro sobre lugares, mas sobre pessoas que se conectam por meio de diferentes  ações. Normalmente, os fotógrafos viajam para mostrar como as pessoas ao redor do mundo têm uma vida simples e difícil, com a intenção de trazer algo para elas. Eu acredito que com o Ubuntu seja exatamente o contrário: as pessoas têm muito a nos ensinar. Às vezes temos a sensação de que não precisamos de nada nem de ninguém, mas se olharmos para as possibilidades que o coletivo traz, acredito que podemos ter uma vida melhor”, disse André. 

A jornalista e idealizadora-parceira Paula Poleto selecionou mais de 60 mil imagens durante o projeto e chama a atenção para o fato de que todos os temas apresentados no livro estão 
interligados e nos mostram a importância da conexão humana para seguirmos em frente. Ela relata que “construir o Ubuntu foi um esforço para compreender como a saúde, a educação e a cultura estão relacionadas através da interação humana. Nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantações no meio de favelas no Quênia. Foi durante o trabalho que percebemos como o André estava captando a essência do ‘nós’”. 

A edição de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Segundo André, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens. 

A autora de Everyday Ubuntu, Mungi Ngomane, escritora sul-africana e neta de Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, também assina um texto em Ubuntu sobre a importância da conexão humana e o elo entre as pessoas. 

Essa exposição traz uma seleção de retratos feitos ao longo dessa experiência transformadora de aprendizado que é o Ubuntu. Ao olhar nos olhos das pessoas retratadas podemos, muitas vezes, nos ver refletidos ali, nas dores, nos desafios e na resiliência que nos une como seres humanos.
Serviço: 
Noite de abertura da exposição e lançamento do livro* 
Data: 20 de novembro de 2023 – das 18h às 20h (horário local) 
Local: Sala Brasil – Embaixada do Brasil em Londres 
Endereço: 14-16 Cockspur Street SW1Y SBL 
Público: Visitantes da recepção devem confirmar presença no site: https://bit.ly/UbuntuAtLondon 
*André François estará presente para autógrafos durante o evento. 
Para obter mais informações sobre o Ubuntu ou comprar livros, envie um e-mail para camila@imm.ong 

Horário de funcionamento da exposição 
20 de novembro a 01 de dezembro 
Seg-Sex – Das 10h às 18h / Sábado – Das 11h às 16h 
Visitas guiadas às quintas-feiras, das 17h às 18h

Sobre a ImageMagica 
Idealizada pelo fotógrafo e empreendedor social André François, a ImageMagica tem como missão promover o desenvolvimento humano por meio da fotografia. Com a convicção de que a transformação começa pelo olhar, a ONG desenvolve ações nas áreas de educação, saúde e cultura estimulando as pessoas a refletirem sobre o seu entorno e, assim, transformarem a si próprias e o ambiente onde vivem. Desde 1995, já foram mais de 400 mil olhares transformados com projetos realizados em 19 países. Saiba mais em: https://imm.ong/ 

Sobre André François 
André François é fotógrafo brasileiro, empreendedor social e autor de 9 livros. Há mais de 30 anos cria documentários fotográficos no Brasil e no mundo. Desde 2005, o trabalho fotodocumental de François tem-se centrado principalmente na saúde e na educação. Seu maior e mais recente projeto, Ubuntu, é o resultado dos últimos 13 anos de trabalho. André é reconhecido e premiado por diversas organizações, como Fundação Conrado Wessel, Prêmio Empreendedor Social, organizado pela Fundação Schwab e jornal Folha de S. Paulo, Coleção Pirelli-Masp, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS) , Médicos Sem Fronteiras, entre outros. O fotógrafo também é fundador da ImageMagica, uma organização sem fins lucrativos que desde 1995 desenvolve projetos de impacto social em todo o Brasil. 

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