- Ação judicial que ‘despejou’ ex-permissionários de um terreno onde funcionava há 40 anos a Banca de Revistas Santa Bárbara, na QE 07 do Guará I, casal agora está vendendo produtos no meio do estacionamento, mas tem esperança de uma realocação
POR AMARILDO CASTRO
Está sendo um drama a vida do casal Graça Sousa e Wilson Sousa, que durante 20 anos comandou a Banca Santa Bárbara, que ficava ao lado da lojas do Correios, no QE 07 do Guará I. Graça conta que em 2022, foi surpreendida pela ligação de um amigo da família que alertava sobre a licitação do terreno do local onde eles mantinham a banca. “A gente sabia que a permissão estava vencida, aliás, praticamente todas as licenças para bancas de revistas no Guará venceram nos últimos anos, e nós não conseguimos uma nova permissão, mesmo assim, a gente seguia trabalhando e com esperanças de um dia resolver”, conta.
O terreno onde o casal trabalhava na Banca Santa Bárbara foi licitado por R$ 503 mil em 2022
Mas para a sua surpresa em 2022, um amigo alertou o casal que o terreno da banca estava sendo licitado. Sem experiência no ramo, conseguiu, com apoio de conhecidos, participar da licitação, mas o problema foi concorrer com gente que tinha muito mais dinheiro, e assim, a pequena fatia do terreno foi arrematada por no mesmo ano por R$ 503 mil. “Foi impossível, a gente ofereceu um bom dinheiro, mas o que conseguimos foi em torno de um terço do valor arrematado, assim, ficamos de fora”, diz.
Depois disso, o casal, sem ter o que fazer, decidiu contar com a sorte e manteve a banca no local, até que o caso fosse para a Justiça. E mais recentemente, uma ordem judicial pediu a demolição da Banca Santa Bárbara. Mas antes que ocorresse, o casal decidiu sair e pedir ajuda à Administração do Guará por uma realocação, que desde então, ainda não saiu.
A esperança do casal é que a banca seja realocada, como ocorreu com a Relojoaria Sete, que também perdeu o terreno onde ficava há dez anos, onde hoje está localizado o prédio de entrada da QE 07, onde até recentemente funcionava o Banco Santander
“A gente está sofrente, nos restou vender alguns produtos na rua, mas apenas para sobreviver, o que nem dá direito, a gente leva como pode, mas é difícil”, disse ao Blog do Amarildo. No entanto, afirmou ter esperança que o administrador Artur Nogueira consiga essa realocação. “Ele, o administrador nos prometeu há algum tempo, então a gente tem essa esperança”, finalizou.
O que disse a assessoria da Administração do Guará
Procurada pela reportagem a assessoria da Administração do Guará afirmou que vários outros casos na cidade foram resolvidos com realocação, mas que no entanto, esse caso em específico, ainda não foi solucionado por falta de um espaço sem algum tipo de impedimento, mas que o Executivo local está empenhado em uma solução
