GUARÁ – Como pode ficar a RA com a revisão do PDOT

• Um dos projetos de maior impacto em todo o Distrito Federal, a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que tramita na Câmara Legislativa, pode trazer fortes impactos para o Guará e vizinhança

Depois do cronograma de atividades para a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) em 2025, que já havia sido apresentado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) durante a primeira reunião do ano do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), agora, o projeto começa a ser discutido na Câmara Legislativa, onde em breve, deve ser apresentado oficialmente.

Mas antes no início desse mês de março de 2025, uma reunião sobre o tema já foi realizada no auditório da Câmara Legislativa. Por lá, técnicos do Governo do Distrito Federal, deputados e representantes do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, iniciaram uma discussão sobre o chamado pré-projeto apresentado pela Seduh.

Entre os assuntos debatidos, o macrozoneamento, regularização fundiária e oferta habitacional mereceu destaque. Mas de antemão, algumas propostas preliminares já foram discutidas.

No caso do Guará, a X Região Administrativa do DF, os impactos podem ser grandes. Uma das áreas que devem estar em discussão mais uma vez, trata-se do chamado ‘corredor’ entre o Guará I e II, onde hoje está instalada uma rede de alta tensão, mas o terreno tem hoje um alto valor comercial e essa região é destacada como um ”corredor ‘corredor do futuro’, onde o governo já pretendia há mais de dez anos, implantar um sistema de comércio misto com residências, mas que até agora não foi levado em frente.

Os temas como mobilidade e ampliação da malha viária para ciclovias também deve estar em discussão. assim como tentativa de corrigir problemas em áreas que hoje são consideradas problemáticas, com invasões, por exemplo.

Mudanças na QE 40 e prédios mistos em condomínios verticais, além de novos condomínios (como no terreno do Antigo Grêmio Esportivo (Foto acima)

Um fato que chama atenção no pré-projeto é supostas alterações no gabarito (mais uma vez) das áreas residenciais no Guará. A QE 40, que hoje tem muitos prédios de até seis andares, no geral usados como quitinetes para moradias, além de comércios no saguão, poderia ter alteração no gabarito e vir a permitir edifícios mais altos, além de flexibilização no ramo de comércios. O Polo de Moda, em relação aos comércios, seguiria o mesmo padrão de flexibilização.

Não é descartada ainda a possibilidade de edificação multifamiliares nos condomínios horizontais do Guará, como Bernardo Sayão e Guará Park, o que pode trazer maior adensamento à região.

A reportagem não teve acesso, mas alguns terrenos hoje vazios, também poderiam dar espaço a novos condomínios, como o terreno do Antigo Grêmio Esportivo (Foto em destaque acima).

Também deve estar em discussão a regularização do Polo de Moda, assim como outros setores considerados críticos, com o Areiros, que fica lindeiro ao Parque do Guará, também deve estar em pauta.