Jogador do RJ fez paraibanos torcerem pelo basquete fluminense na conquista do bicampeonato nos Jogos da Juventude

by Amarildo Castro

Longe de casa, mas nem tanto. Foi nesse embalo que a equipe do Rio de Janeiro garantiu, pelo segundo ano seguido, o ouro na 1ª divisão do basquete masculino, na sexta-feira (22), pelos Jogos da Juventude 2024, com a torcida paraibana cantando a plenos pulmões em apoio aos fluminenses na final contra Santa Catarina. E tudo isso por conta de um conterrâneo por adoção: o ala e pivô Bruno Gusmão, de 17 anos.

Nascido no Rio de Janeiro, o atleta morou em João Pessoa por oito anos e foi nas terras paraibanas que descobriu o seu amor pelo basquete. “Eu cresci gostando de futebol, jogando. Quando cheguei aqui (em João Pessoa), tinha vôlei de praia e basquete. Daí eu me identifiquei completamente e me encontrei, eu amo esse esporte”, declarou o jovem.

O que começou como brincadeira entre amigos, se tornou profissão quando o ala e pivô começou a atuar pela equipe paraibana Ansef. No ano passado, no entanto, recebeu a chance de fazer teste no basquete do Flamengo e ficou. Voltando à Paraíba para defender a camisa do Rio de Janeiro nos Jogos da Juventude, Bruno trouxe a família, amigos da vida, da escola e do ex-clube para torcer pelos fluminenses. 

“É uma sensação única porque eu sempre tive o sonho de jogar com os meus amigos e a minha família me vendo e, infelizmente, nunca tinha sido possível e os Jogos da Juventude me proporcionaram isso, foi a primeira vez que isso aconteceu e veio logo com ouro. É um sentimento indescritível!”, revelou o jogador do Time RJ. 

Apesar de atuar no Flamengo, no Rio de Janeiro, a família de Bruno segue na Paraíba. Quando quer recarregar as baterias e se reconectar, João Pessoa é o seu destino.

“Bruno ama a Paraíba e hoje eu posso falar que a Paraíba estava aqui torcendo pelo meu filho. A Paraíba é a casa dele. E, hoje, ver essa quadra lotada com amigos dele e as pessoas torcendo por ele e pelo Rio de Janeiro, foi emocionante, arrepiante e gratificante. Ele sempre quis jogar aqui, jogar para toda a família e amigos. Foi um sonho!”, afirmou a mãe do atleta, Juliana Simões.

Quem também realizou um sonho com a conquista de Bruno e dos seus parceiros da delegação do Rio de Janeiro foi o ex-atleta Olímpico do vôlei de praia, Jorge Terceiro, que defendeu as cores do Brasil em Pequim 2008, e é padrasto do jogador, 

“Fui atleta de alto nível e lamento muito que não tive a oportunidade de estar em uma edição dos Jogos da Juventude e vê-lo aqui jogando e levando o ouro nesta competição está sendo um sonho. A família toda veio para a Paraíba por minha causa e aqui é o lugar de conforto de Bruno, sempre que ele quer recarregar as energias, ele vem para cá. Eu nem tenho palavras para descrever a importância desse momento para a carreira dele”, declarou Jorge Terceiro. 

Além dos familiares e amigos, Bruno dedicou a partida para a sua avó que faleceu no último mês. “Eu pedi para ela estar aqui e me acompanhar, mas ela partiu e hoje eu dedico essa vitória para a minha avó também”, finalizou o jogador que sonha em seguir crescendo na carreira para buscar atuar nos mercados fora do Brasil, como a NBA, nos Estados Unidos, e, ainda, defender as cores do Brasil nos Jogos Olímpicos. 

O bicampeonato

Na competição, a equipe do Rio de Janeiro venceu as três partidas da fase de grupos contra Paraíba (90 x 64), Pernambuco (67 x 48) e Minas Gerais (53 x 43). Na semifinal, a equipe enfrentou o Mato Grosso do Sul e venceu a partida por 91 a 85. Já na final, o TimeRJ enfrentou, pelo segundo ano consecutivo, a equipe de Santa Catarina. Com jogo acirrado e resultado conquistado nos segundos finais, o Rio de Janeiro garantiu o bicampeonato com o placar de 76 a 74. 

A equipe campeã é formada por atletas selecionados a partir dos Jogos Escolares do Rio de Janeiro (JERJ), programa de política pública do Governo do Rio de Janeiro, desenvolvido através da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. A secretaria é, também, a responsável pelo cuidado para que a única preocupação da ginasta na competição seja trilhar seu destino pelo sonho olímpico, sendo responsável pela confecção dos uniformes e kits completos, além de custear as passagens aéreas e garantir suporte para a equipe de atletas e técnicos.

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