- Advogado que defende família onde tragédia ocorreu disse à imprensa que vai pedir a prisão de rapaz que fazia serviço de impermeabilização de sofá
Veio ‘à luz’ o esclarecimento sobre o incêndio na unidade 702 do Bloco E do edifício Parque das Árvores, em Valparaíso de Goiás, em evento que aconteceu em 27 de agosto deste ano de 2024, onde o casal Graciane Rosa de Oliveira, 35 anos, o marido dela, Luiz Evaldo, 28, e o filho deles, Léo, de 19 dias morreram após despencarem do apartamento em questão logo após o fogo ter início.
A Polícia Civil de Goiás conclui nos últimos dias, e divulgou na segunda-feira, 22, os resultados da perícia no imóvel em questão, e aponta que o fogo teve origem pelo mal uso de um produto para impermeabilizar o sofá no apartamento que pegou fogo.
No processo, a PCGO utilizou várias equipamentos e imagens para chegar a tal conclusão, e consta no inquérito todo o trajeto realizado pelo jovem Renan Lima Vieira para fazer o serviço e a forma em que o serviço foi feito, de acordo com os depoimentos colhidos do próprio Renan e da mãe de Graciane, que embora tenha colaborado com depoimentos, continua internada em estado grave.
Em uma reportagem publicada pelo Correio Braziliense na segunda-feira, 23, o jornal mostra imagens que foram juntadas ao inquérito policial e retiradas das câmeras de segurança do residencial. Renan Lima Vieira, o profissional responsável pela aplicação do produto, foi contratado pela família dias antes para o serviço. Ele esteve no imóvel dias antes para fazer a higienização do móvel, processo este comum nesses casos. As imagens divulgadas pelo jornal mostra quando Renan chegou ao edifício, por volta das 9h34, e pouco mais das 10h, começa o fogo. Em seguida, ele sai às pressas do imóvel, já em chamas e depois, a mãe de Graciane também consegue sair, mas o casal não.
ABAIXO, VEJA A SEQUÊNCIA DE FOTOS DE RENAN, QUE EXECUTOU SERVIÇO DE IMPERMEABIZAÇÃO DE SOFÁ NA UNIDADE 702 DO BLOCO E (Fotos publicadas pelo Correio Braziliense)
(Em uma das imagens é possível ver o jovem carregando um espécie de botijão, sem nenhuma proteção)
Embora a polícia não tenha pedido a prisão de Renan, segundo o jornal, o advogado Paulo Henrique, que representa a família de Luiz, disse que vai contestar o relatório e solicitará a responsabilização do autor por homicídio com dolo eventual. “Vou pedir a prisão dele e pedir que o caso seja tratado como homicídio por dolo eventual. Ele (autor) assumiu o risco ao não pedir para os moradores saírem do apartamento antes de fazer o serviço”, explicou ao Correio Braziliense.
Antes, o próprio Henrique já havia falado com a reportagem do Blog do Amarildo que a depender do laudo pericial, iria sim, pedir a prisão de Renan.

Reunião
Na noite da última segunda-feira, dia 22, a direção do condomínio reuniu os moradores do edifício para falar sobre o relatório da PCDF e falar sobre critério novos de segurança e divulgar os resultados sobre a estrutura do Bloco E após a tragédia, que na prática, resistiu bem ao fogo e continua intacta mesmo depois de tudo que acontece, garantiu a direção.
Nota da Redação – A reportagem não conseguiu contato com Renan, que realizou o serviço na unidade 702 no dia do incêndio, O espaço fica aberto, caso queira se manifestar.