- Jovem futebolista de 29 anos viveu toda a infância no Guará, no Distrito Federal, mas seus primeiros passos no futebol começaram também em um condomínio de Vicente Pires, jogando com meninos
POR AMARILDO CASTRO
Há casos em que uma separação de um casal costuma ser dramática para os filhos, mas no caso da futebolista Gabrielle Portilho, 29, da Seleção Brasileira, que neste sábado, 10 de agosto pode levar a medalha de ouro em Paris-França, ao lado das colegas, a sina de uma separação dos pais não fez mal algum à garota, que era bem pequena quando o então casal Sued Portilho e Verônica Jordão resolveram que precisavam deixar de ser um casal. No entanto, mantiveram o respeito mútuo e assim, a pequena Gabrielle passou a viver com a mãe, mas sempre presente com o pai aos finais de semana em um condomínio em Vicente Pires.

E foi no Guará e em Vicente Pires que a hoje craque da Seleção Brasileira, do técnico Arthur Elias, destaque nas Olimpíadas de Paris, deu os primeiros passos no futebol, arrasando no meio da meninada. Quando os pais perceberam que a garotinha levava jeito para o futebol, passaram a investir mais nela, com o apoio da mãe, que via naquilo também, uma chance para Gabi, como é conhecida, crescer. O pai fazia o mesmo.

Não demorou para Gabi despontar em jogos escolares no Distrito Federal, e nesse vai e vem, um olheiro a viu e convidou para integrar à equipe do Colégio Notre Dame, no Plano Piloto, com direito a bolsa escolar. E assim, Gabi ia crescendo, até ser de fato descoberta por um olheiro de Ceilândia-DF. A partir daí, passou a disputar mais e mais campeonatos de futsal no DF, e sempre com destaque.

Aos 14 anos foi contratada pela equipe catarinense Kindermann, que disputava competições nacionais. Ali, começava de fato a se profissionalizar, e também a conhecer o futebol de campo. Não demorou para chegar à Seleção Brasileira sub 17, onde chegou a disputar um Mundial 2012 no Azerbaijão. Jogou também na Seleção sub 20 em 2014.

Após se destacar em Santa Catarina, foi para o Audax do São Paulo, onde continuou a brilhar. Em 2016, foi contratada pelo CFF Madrid, da Espanha, onde ficou por dois anos, mas se machucou em em seguida retornou ao Brasil, onde foi defender 0 3B da Amazonas, tendo sido campeã estadual lá em 2019.
Em seguida foi contratada pelo Corinthians, onde com o técnico Arthur Elias foi campeã de tudo praticamente, incluindo duas Libertadores e os principais campeonatos nacionais.

Orgulho dos pais e familiares
“É um orgulho muito grande ver uma filha nas olimpíadas, com a possibilidade de ganhar o ouro! Feliz demais. Nunca imaginaria que um dia ela fosse chegar tão longe e graças a Deus, ela chegou”, diz o pai, Sued Portilho.
A reportagem descobriu que Gabi tem quatro irmãs no Guará que costumam fazer festa em casa ao lado da mãe no dia de jogos dela pelo Brasil, e em especial, nessas Olimpíadas.
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