Missão Marajó: Comitiva da CDH Denuncia Abandono e Cobra Justiça por Elisa

by Amarildo Castro
  • Diligência da Comissão de Direitos Humanos investiga o desaparecimento de Elisa Rodrigues e reforça apuração de crimes contra crianças na Ilha do Marajó

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal realizou diligência oficial no município de Anajás, na Ilha do Marajó (PA), com o objetivo de acompanhar o caso da menina Elisa Ladeira Rodrigues, desaparecida desde setembro de 2023.

A comitiva foi liderada pela presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), e contou com a participação dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ), Delegado Caveira (PL-PA) e Éder Mauro (PL-PA), além de representantes locais.

Elisa, com apenas dois anos de idade à época do desaparecimento, no dia 16 de setembro de 2023, enquanto brincava com outras crianças em uma trilha no Igarapé do Zinco, comunidade de Vila Carmelo, zona rural de Anajás.

Na casa da dona Marinete, avó da criança, o ambiente era de emoção e angústia. Lá estavam a mãe, o pai, o avô e a irmãzinha de Elisa, que nasceu após o desaparecimento da menina. Em meio ao silêncio cortado pelas lágrimas, a dor da família foi acolhida pela comitiva, que ouviu relatos, compartilhou informações e reafirmou o compromisso com a verdade.

“Foi uma conversa dura, forte, mas necessária. Viemos dizer que vamos acompanhar esse caso até o fim”, declarou a senadora Damares, visivelmente abalada.

O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) destacou a complexidade das investigações:
“Há muitas informações que precisam ser conectadas. O caso não está encerrado, como se tentou concluir. O Ministério Público Federal reabriu a investigação e vamos nos debruçar para encontrar respostas.”

O deputado Delegado Caveira (PL-PA) foi categórico:
“Esse caso não acabou. Há informações novas que nem mesmo a senadora tinha. A comissão inteira vai seguir acompanhando.”

Já o deputado Éder Mauro (PL-PA) apontou duas linhas investigativas em andamento:
“Uma aponta para uma possível venda da criança. A outra, mais dolorosa, sugere estupro seguido de morte com ocultação do corpo. Vamos lutar para que o Estado, ou até mesmo a esfera federal, traga a estrutura necessária para que a verdade venha à tona.”

Damares revelou detalhes inéditos e preocupantes:
“Traficantes foram até a casa da mãe e mostraram uma foto. A mãe viu a filha depois do desaparecimento. O que aconteceu com Elisa depois daquela imagem? É isso que queremos saber.”

A comissão também ofereceu à família um programa de proteção, com a possibilidade de retirá-los da região, caso necessário.
“Nada termina aqui. Estamos firmes nesse compromisso com a justiça”, afirmou a senadora.

Dona Marinete, emocionada, agradeceu:
“Quero justiça pela minha neta. Ainda dói muito. Obrigada por virem até aqui. Que Deus abençoe vocês.”

A comitiva reafirmou:
“Não acabou. Não vai acabar. O Brasil quer uma resposta. Onde está Elisa?”

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