- Garoto, de apenas 2 anos faleceu após procurar, por meio da família, atendimento no Hospital Municipal da Cidade Ocidental, na última terça-feira dia 19
POR AMARILDO CASTRO
Um mistério a ser desvendado, uma vida perdida e muitas dúvidas. Assim permanece a situação confusa no Hospital Municipal da Cidade Ocidental, na Região Metropolitana do Distrito Federal, onde na última terça-feira, dia 19 de agosto, a família do pequeno João Miguel, de apenas 2 anos, deu entrada na unidade de saúde. De acordo com o próprio hospital, que chegou a divulgar um vídeo com a fala do diretor João Marcelo, a família teria procurado o hospital ainda durante o dia para levar o garoto, o João Miguel, pela manhã. Ele apresentava diarréia e outras complicações. Foi medicado, fez hidratação, e retornou para casa, mas com os sinais de alertas feitas pelo hospital.
Por volta das 17h30 a família retornou com o garoto passando mal, onde novas medicações e exames foram feitos, ele voltou a ter uma melhor. Os exames constataram alto índice bacteriano no organismo. Às 5h, ele teve quadro geral de letargia, e em seguida, parada cardiorespiratória, vindo a óbito.
A reportagem do Blog do Amarildo apurou que, apesar dos esforços, o HMCO não tem especialidade em pediatria, a grosso, modo, sequer atende, mas a direção evita recusar esse tipo de atendimento visto que boa parte da população tem dificuldade para deslocamento para outras unidades de saúde, com o HMIB, em Brasília ou Hospital de Santa Maria, também no DF. A Cidade Ocidental ainda não tem um centro clínico especializado para atender crianças, assim, o HMCO atende, mas sem os devidos equipamentos ou profissionais especializados para tal.
Além dessa situação, a direção do hospital teria notado um inchaço incomum no abdomem do pequeno João Miguel, e por isso, resolver pedir exames mais detalhados ao IML de Luziânia, no entanto, os resultados demoram cerca de 30 dias para serem liberados.
No entanto, a direção do HMCO divulgou uma nota de esclarecimento, assim como a prefeitura local. Mas resta lembrar, que nada vai trazer a vida do pequeno João Miguel de Volta, e que uma boa alternativa será a implantação de serviços para atender às crianças no HMCO, o que ainda não foi divulgado, ou se há planejamento para isso por parte da prefeitura.
A reportagem não conseguiu falar com a família de João Miguel, e nem com prefeito da cidade Lulinha Viana. O espaço está aberto para ambos, caso queiram se pronunciarem. No entanto, em uma nota divulgada ao público, a prefeitura local informou que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para esclarecer os fatos.