No Dia do Futebol comemorado dia 19 de julho, o DF aplaude as mulheres que fizeram do jogo sua luta dentro e fora de campo

by Amarildo Castro
  • A Administração do Plano Piloto homenageia a garra e a trajetória do Minas Brasília Futebol Feminino — um time fundado por mulheres que rompeu barreiras e colocou a capital no topo do esporte nacional

Neste 19 de julho, Dia Nacional do Futebol, a Administração Regional do Plano Piloto presta homenagem às mulheres que fizeram da paixão pelo esporte uma verdadeira jornada de resistência. Em especial, celebramos a trajetória do Minas Brasília Futebol Feminino, time fundado por mulheres que rompeu barreiras históricas e colocou a capital do país em destaque no cenário nacional do futebol.

Por décadas, mulheres brasileiras ouviram que o futebol “não era coisa de mulher”. Proibidas oficialmente de praticar a modalidade por quase 40 anos, elas driblaram o preconceito, a invisibilidade e os estereótipos sociais para manter vivo o amor pela bola. Hoje, no 17 de julho, Dia Nacional do Futebol, celebramos não apenas um esporte, mas a trajetória de resistência e glória de milhares de brasileiras que fizeram do campo um lugar de luta e conquista.

No Distrito Federal, o nome Minas Brasília é sinônimo dessa trajetória. Fundado pelas irmãs Nayara e Nayeri Albuquerque, o clube é uma das mais potentes expressões do futebol feminino nacional. Naturais de Brazlândia, elas começaram a jogar nas quadras da cidade ainda na infância, muitas vezes enfrentando olhares de reprovação e falta de incentivo. Hoje, transformaram paixão em missão: dar oportunidades para que outras meninas possam sonhar alto.

“Quando começamos, a gente nem imaginava chegar tão longe. Jogar futebol era um desafio diário, mas nunca desistimos. Ver hoje meninas sonhando com isso como profissão é o que nos dá força pra continuar”, conta Nayeri Albuquerque, uma das fundadoras e atuais dirigentes do clube.

A goleira do time Rubi Suzie diz que as dificuldades enfrentadas pelo futebol feminino vão além das quatro linhas: há menos cobertura da mídia, patrocínio escasso e desigualdade de estrutura. Ainda assim, a chama permanece acesa graças à força de atletas e uma das líderes do grupo.“A gente joga com alma. Tem dias que não é fácil, mas quando vestimos a camisa e olhamos uma pra outra, sabemos que estamos abrindo caminho pra muitas outras meninas. O futebol é nossa voz”, diz Rubi, com os olhos marejados.

A trajetória do Minas Brasília emociona. Do Candangão ao título da Série A2 do Brasileirão Feminino em 2018, as “Minas” conquistaram o coração da torcida e colocaram o DF no mapa do futebol feminino brasileiro. A vitória histórica no Estádio Abadião, em Ceilândia, contra o Vitória-BA, simboliza mais que uma taça: representa anos de resistência de atletas que, muitas vezes, treinavam com estrutura precária, sem salários ou visibilidade.

Para Bruno Olímpio, Administrador do Plano Piloto, o apoio ao futebol feminino é mais do que uma ação esportiva – é uma política pública de valorização das mulheres. “A Administração do Plano Piloto acredita e apoia o futebol feminino como instrumento de inclusão, empoderamento e inspiração. As meninas do DF merecem incentivo, visibilidade e espaço. O Minas Brasília representa com excelência essa garra e dedicação das atletas da nossa capital”, afirmou.

No mês em que se celebra o futebol, a homenagem vai para aquelas que nunca se calaram. Que seguiram jogando escondidas, sonhando sem plateia, treinando em silêncio. Para as que fizeram do grito de gol um grito de liberdade.

E para as novas gerações que surgem em quadras escolares, campos de terra ou estádios profissionais, o recado é claro: o futebol feminino veio para ficar — e brilhar. 

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