NOVO SHOPPING DOS MÓVEIS – Avança projeto para mudança dos moveleiros do Park Sul

by Amarildo Castro
  • GDF propõe nova área aos comerciantes com mais conforto, acessibilidade e segurança jurídica, após obras de requalificação urbana na região

O projeto para garantir um novo espaço aos moveleiros atualmente instalados no Park Sul teve um importante avanço na última terça-feira (30/9). Durante reunião na Secretaria de Governo (Segov), foram definidas as principais diretrizes da proposta arquitetônica e da localização da nova área, que ficará entre a EPIA/DF-003 e a garagem da Viplan. A iniciativa prevê a transferência dos trabalhadores para um espaço com infraestrutura adequada, conforto e segurança jurídica, após mais de 40 anos de ocupação informal. O novo espaço terá mais de três mil metros quadrados de área construída.

“O governo Ibaneis é um governo de regularização. É um governo de dar direito, segurança jurídica. Todos ficarão bem acomodados. Esse é um compromisso do nosso governo”, afirmou o secretário de Governo, José Humberto Pires, ao final da reunião que marcou mais um passo no processo de remanejamento e padronização dos moveleiros.

O encontro contou ainda com representantes da Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades (Sumac), da Administração Regional do Guará e dos próprios comerciantes, que apresentaram contribuições para aprimorar o projeto ao longo dos últimos meses.

Segundo a subsecretária de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, Ana Lúcia Melo, a reunião demonstra a postura proativa do Executivo. “O Governo Ibaneis não é um governo de promessas, mas de atitudes. E esta reunião é a prova disso: o diálogo permanente, a construção coletiva e a definição de soluções que atendem às demandas da população e garantem dignidade a quem trabalha”, destacou.

Reunião que teria selado acordo foi mediada pelo administrador do Guará, Artur Nogueira

Uma demanda histórica

A presença dos moveleiros no canteiro central entre o Carrefour e o Park Sul remonta a décadas. O espaço improvisado, ocupado inicialmente de forma espontânea, transformou-se em referência para a comercialização de móveis artesanais, mas também em um ponto de constantes debates entre poder público e comunidade.

Ao longo dos anos, a informalidade gerou preocupações em diferentes frentes. Faltava iluminação adequada, a segurança noturna era precária e caminhões de carga e descarga ocupavam irregularmente áreas de trânsito, causando transtornos à vizinhança. A desorganização espacial comprometia não apenas o ordenamento urbano, mas também a qualidade de vida da comunidade e a própria sustentabilidade da atividade econômica.

O administrador do Guará, Artur Nogueira, explica que as tentativas anteriores de remoção ou reorganização encontraram resistência, sobretudo pela ausência de alternativas viáveis. “Foi apenas com o amadurecimento das políticas de regularização e a decisão do governo de conduzir um processo dialogado, que se consolidou o caminho para a realocação planejada”, ressaltou.

O novo projeto em números

• Mais de 40 boxes padronizados

• Cada unidade terá cerca de 60 m² de área útil

• Distribuição em blocos, otimizando a ocupação do espaço

• Estacionamento com mais de 200 vagas

• Acessibilidade universal, com rampas, sinalização tátil e vagas reservadas

• Iluminação reforçada e paisagismo integrado

Projeto e qualificação urbana

A proposta arquitetônica foi elaborada para garantir funcionalidade, durabilidade e estética. Os boxes serão construídos em alvenaria estrutural e concreto armado, assegurando robustez e reduzindo custos de manutenção. A linguagem contemporânea, com fachadas ativas, brises e marquises, permitirá unidade visual e valorização do espaço público.

Além da padronização dos boxes, o projeto inclui a criação de dois bolsões de estacionamento, somando mais de 200 vagas, com sinalização horizontal e vertical. A medida busca coibir paradas irregulares na via principal e organizar o fluxo de veículos, especialmente durante operações de carga e descarga.

A acessibilidade universal também foi contemplada. Caminhos contínuos, rampas amplas, sinalização tátil e visual, além de vagas reservadas para pessoas com deficiência e idosos, garantirão que todos possam utilizar o espaço em condições de igualdade.

Participação ativa dos comerciantes

Desde 2023, quando o processo de remanejamento foi retomado pela atual gestão da Administração do Guará, os moveleiros têm participado ativamente das discussões. Eles apresentaram sugestões de melhorias, ajudaram a dimensionar as necessidades e contribuíram para tornar o projeto mais adequado às realidades do setor.

Para o administrador do Guará, Artur Nogueira, a proposta representa um marco para a cidade. “Vamos executar o projeto, adequando tudo, e acredito que vai ser show de bola para todo mundo. Agradeço ao governador Ibaneis Rocha, à vice-governadora Celina Leão e ao nosso padrinho da cidade, deputado Gilvan Máximo, que têm sido fundamentais para que esse sonho avance”, declarou.

Benefícios esperados

A realocação e padronização dos moveleiros do Park Sul trará ganhos múltiplos. Do ponto de vista social, a medida promove a dignificação do trabalho, reconhecendo e formalizando uma atividade que há décadas sustenta famílias. Urbanisticamente, o novo espaço reorganiza o território, melhora a paisagem, fortalece a segurança e responde a demandas da comunidade por mais ordem e qualidade de vida.

Do ponto de vista econômico, o comércio de móveis artesanais será fortalecido. A padronização dos boxes cria um ambiente competitivo saudável, amplia as condições de produção e atendimento, gera emprego e renda e transforma o Park Sul em um polo de referência setorial.

O governo destaca que todo o processo seguirá em etapas. A reunião desta terça-feira foi mais um passo importante dentro de um percurso que envolve licenciamento, definição de cronogramas e execução da obra. O compromisso, reforçado pelas falas das autoridades presentes, é de que a transferência será feita de forma segura, dialogada e em benefício coletivo.

Remanejamento e Padronização dos Moveleiros do Park Sul

Mais do que um projeto urbanístico, trata-se da correção de um passivo histórico e da abertura de uma nova era para comerciantes e comunidade. Um processo que avança passo a passo, com diálogo, técnica e compromisso.

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