Obra de grande porte se destaca por trazer medidas de sustentabilidade, em Goiânia

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Órion Complex possui mecanismos de reaproveitamento de água e economia de energia

Esta primeira semana de junho é considerada a Semana do Meio Ambiente em razão do Dia Mundial do Meio Ambiente, que é em 5 de junho. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972 e se tornou crucial para reflexão sobre a importância da conscientização e ação global para a preservação dos recursos naturais do planeta. A data também é o momento para destacar iniciativas que estão ativas, contribuindo para esta questão e que podem ser exemplo para outras pessoas ou empresas.

Um projeto que é destaque no assunto em Goiânia é o Órion Business & Health Complex. Conhecido por ser o maior edifício comercial do País, com 190 metros de altura e 124.697,42 metros quadrados de área construída, ele também é destaque na aplicação de medidas de sustentabilidade. Entregue em 2018, o empreendimento conta com sistema de refrigeração de água gelada para ar-condicionado, vidros que auxiliam na temperatura interna e reaproveitamento de água, tanto da chuva quanto do gotejamento dos ar-condicionados. Todas ações que contribuem tanto para o meio ambiente quanto para a economia do complexo.

Reaproveitamento de água 
Segundo a ONU, cada pessoa precisa de 110 litros de água por dia. No Órion Complex, o sistema de reaproveitamento de água poupa o recurso hídrico potável para o consumo de 324 pessoas a cada dia. Além do benefício ambiental, a economia de água pode chegar até 50% da água consumida pela torre de clínicas, de onde é gerada a água de reúso a partir do ar condicionado.

O reaproveitamento funciona assim: o sistema de ar condicionado das clínicas é centralizado e todo o gotejamento nos drenos dos aparelhos é direcionado para um tanque de reaproveitamento, com capacidade de receber até 35.700 mil litros. Já a água da chuva é captada através de um sistema no topo do edifício com as lajes impermeabilizadas. Ela é usada na limpeza geral e manutenção de jardins, deixando portanto de usar água potável para esta finalidade. 

O empreendimento possui ainda um segundo tanque, no quinto andar, com capacidade de 16.800 litros, para receber água das calhas das chuvas e direcioná-las para infiltração no solo. Esse tanque tem o papel de reduzir a velocidade com que a água desce para chegar a um terceiro tanque, o de infiltração que está instalado no subsolo. Neste tanque, parte da água vai para o lençol freático e o excedente é destinado para as galerias pluviais. 

Vidros que barram o calor
A fachada Órion Complex é toda espelhada e utiliza vidros que barram o calor e a luz solar, o que auxilia na temperatura interna e, consequentemente, em um menor esforço dos ar-condicionados. “Esse vidro retém um pouco do calor que vem da parte externa e isso reduz a demanda do ar-condicionado, de estar tentando resfriar aquele ambiente, o vidro tem essa função e não precisa pôr película”, explica o síndico do empreendimento, Leopoldo Gouthier.

Ar condicionado mais eficiente 
Ao invés de cada unidade autônoma do Órion Complex ter seu ar condicionado, uma robusta central atende todo o empreendimento. A medida ambiental deste sistema é a Central de Água Gelada (CAG), que possui Chiller com capacidade de 2,4 mil toneladas de refrigeração (TR), esses equipamentos são de fabricação americana. O funcionamento à base de água gelada garante 40% de economia no consumo de energia elétrica. “Temos 630 salas, cada uma tem pelo menos dois ar-condicionado. A CAG faz o papel da condensadora, com um sistema que faz toda a água gelar para atender todas as salas. Se fosse cada um com um evaporador e condensador seria uma demanda maior de energia”, explica Leopoldo.

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