- Com a infraestrutura da Sala Martins Pena praticamente completa, os trabalhos se concentram em pintura, paisagismo e mobiliário. Após a reforma, o espaço também contará com um memorial em homenagem às personalidades que dão nome às áreas do teatro
Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
Pela primeira vez desde o início das obras no Teatro Nacional Claudio Santoro, os dois painéis de Athos Bulcão instalados no foyer e na Sala Martins Pena voltaram a ser vistos. As obras de arte estavam protegidas para que fossem preservadas durante as intervenções mais pesadas no complexo cultural, que passa por uma modernização e adequação da infraestrutura para atender a normas vigentes de segurança, combate a incêndio e acessibilidade. A retirada da proteção foi feita nesta sexta-feira (23), quando os serviços na Sala Martins Pena entraram na fase de acabamento.
“Hoje, como estamos chegando na reta final, viemos trazer os restauradores para verificar quais danos existiam. Para a nossa surpresa, vimos que as obras se mantêm com qualidade imensa. Elas precisarão de algumas intervenções, mas já estamos contratando para, quando o teatro reabrir, termos essa arte acessível a todos que vão estar aqui”, revelou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes.
O presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, destacou que os danos identificados nas obras de arte eram menores do que se esperava, e a maior parte deles ocorreu em função do período em que o teatro ficou fechado – o equipamento público foi interditado em 2014. “Na prática, o que foi encontrado não foi o dano esperado. O segredo foi a proteção, que foi feita bem orientada e rigorosamente dentro do projeto de restauro”, explicou.