Polêmicas em 2010, ‘Torres Gêmeas’ de Luziânia-GO completam 15 anos

by Amarildo Castro
  • Construções abrigam moradores e também, por ali, no centro da cidade, funciona um shopping center, com proposta mais familiar

POR AMARILDO CASTRO

O tema foi assunto de destaque, capa de jornal impresso de grande circulação por volta do ano de 2007, quando as chamadas ‘Torres Gêmeas’ de Luziânia, cidade na Região Metropolitana do Distrito Federal foram anunciadas por uma construtora. Na prática, o Residencial Itália, que estaria por ser construído era divulgado como um empreendimento de luxo, com apartamentos de alto padrão, e ainda um shopping em seu térreo, e no centro da cidade, bem ao lado da prefeitura local.

As imensas torres, em contraste com o bairro Rosário, onde casarões históricos permanecem intactos

Bastou o anúncio para que a comunidade local entrasse em pânico por causa do impacto ambiental e supostamente no trânsito. Alguns pioneiros, entidades, moradores no geral, muita gente foi contra. Mas havia também quem defendia o empreendimento.

As duas torres ficam ao prefeitura local: apartamentos hoje custam cerca de 600 mil reais

Em uma reportagem publicada pelo Jornal Correio Braziliense, por volta de 2008, a obra era vista como polêmica e revolucionária, o maior edifício do Entorno-DF, e após 15 anos, continua sendo. Assim, hoje, estão lá, a Torre Gênova e a Torres Veneza, em homenagem às duas icônicas cidades italianas.

E passado todo esse tempo, de certa forma, a comunidade aprendeu a conviver com o imenso edifício, que ajudou a mudar o parâmetro de construções na cidade, mas ao visto, não surgiu na região uma nova demanda por esse tipo de construção, que permanece solitária ao lado da prefeitura local, acompanhada meio à distância pelo também gigante Edifício Maria Tereza, que é grande, mas não chega ‘aos pés’ do Itália.

No térreo da grande obra, funciona o Luziânia Shopping

Na tarde do último sábado, 14 de junho, a reportagem do Blog do Amarildo esteve no local, e constatou que a construção é vista aos quatro cantos da cidade pela sua volumosa altura e estrutura, mas já nem chama mais atenção de quem mora na cidade. “Aprendemos a conviver com isso, não nos incomoda mais’, disse um ambulante, sob anonimato.

Imagem feita por Amarildo Castro, a partir da entrada do prédio da Prefeitura de Luziânia

Nos arredores do edifício, alguma melhoria precisa ser feita. Há dois lotes vazios, sem cerca e com terra batida chamando atenção de quem por ali passa. A prefeitura local prometeu para isso, uma solução.

O badalado shopping (era para ser), não é tão movimentado assim, mas é organizado e com cara de shopping para famílias. Sabe-se que no geral, a juventude da cidade prefere vir para o shopping de Valparaíso de Goiás, o Shopping Sul. Mas isso é comum. Por sua vez, os jovens de Valparaíso preferem no geral o Park Shopping no Guará-DF. É uma espécie de ‘movimento dos jovens’, não tem a ver com algum empreendimento em si.

Para fechar essa reportagem, o que é preciso mencionar mesmo, é a importância das duas ‘torres gêmeas’ de Luziânia-GO, que colocou a cidade em um protagonismo nacional por volta de 2010, quando foram inauguradas. Paralelemente, à época, coincidiu com a polêmica da construção de gigantes arranha-céus na QE 40 do Guará, região administrativa do DF, onde por lá, a comunidade local também aprendeu a conviver com os grandes edifícios.

Torres entregues também em 2010 no Guará, no Distrito Federal, marcaram polêmica semelhante às ‘torres gêmeas’ de Luziânia-GO: cidade e Região Administrativa separadas por 60km

São os novos tempos. Mas no caso de Luziânia-GO, até agora, não houve mais demanda para esse tipo de empreendimento, ou as construtoras não se interessam mais. No entanto, para quem quer comprar um apartamento em uma das gigantescas torres, o valor é cerca de R$ 600 mil.

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