- Especialista em governança corporativa destaca as vantagens das atualizações do sistema e os impactos diretos para empresas e consumidores
São Paulo, maio de 2025 – O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, não é mais apenas uma alternativa moderna aos meios tradicionais. Em 2025, ele se consolida como uma plataforma de movimentação financeira completa, com recursos que beneficiam tanto empresas quanto consumidores e com regras mais rigorosas para as instituições participantes, aumentando a segurança e a credibilidade do sistema.
Entre as novidades, duas se destacam: o Pix por Aproximação, já disponível para todos os usuários desde 28 de fevereiro, e o Pix Automático, previsto para começar a funcionar em junho. O primeiro permite pagamentos rápidos com um simples gesto, aproximando o celular da maquininha, dispensando o uso direto do aplicativo do banco, o que aumenta a praticidade do sistema e torna o Pix ainda mais competitivo em relação aos cartões.
Marcello Marin, contador, administrador e Mestre em Governança Corporativa, destaca que as atualizações recentes são um marco para o sistema. Ele observa que a plataforma, que já havia se tornado essencial nas operações do dia a dia, agora passa a atender a demandas mais complexas, como pagamentos recorrentes, parcelamentos e até integrações com boletos e sistemas de gestão.
“As mudanças mais recentes estão tornando o Pix cada vez mais robusto. Estamos falando de uma ferramenta que já representa economia, agilidade e praticidade. Agora, com automatização, parcelamento e integração com boletos, ela começa a funcionar como uma verdadeira central de pagamentos”, afirma o especialista.
Para empresas, o Pix já se tornou indispensável
A adesão ao Pix cresceu exponencialmente entre as empresas, especialmente no varejo e entre pequenos empreendedores. De acordo com Marcello, muitas corporações já adotaram o Pix como principal – e, em alguns casos, único – meio de recebimento, aproveitando a liquidez imediata e a redução significativa de taxas em comparação com TEDs, DOCs ou boletos bancários.
Esse movimento também vem sendo incentivado pela preferência do consumidor. “O cliente quer pagar fácil e na hora. O Pix resolve isso, e ainda melhora a conversão de vendas. Além disso, a adoção do Pix gera ganhos também na gestão interna: menos retrabalho, menos falhas e maior previsibilidade no caixa”, explica o especialista. Ele aponta que a adoção do Pix gera ganhos também na gestão interna: menos retrabalho, menos falhas, e maior previsibilidade no caixa.
O Banco Central também adotou medidas importantes para garantir mais confiabilidade ao sistema. A partir deste ano, somente instituições financeiras autorizadas podem operar com Pix, desde que sigam exigências contábeis e de auditoria mais rigorosas.
“As novas exigências do Banco Central, como normas contábeis e auditorias mais rígidas, reforçam a confiabilidade do sistema e afastam riscos para os usuários. É uma resposta importante diante da expansão do uso do Pix e da entrada de novos players no mercado”, ressalta.
Avanços contínuos e futuro promissor
Ainda em 2025, o Pix terá mais novidades. O Pix Parcelado, previsto para setembro, promete unir a agilidade do Pix com a flexibilidade do cartão, permitindo ao comprador parcelar a compra enquanto o vendedor recebe à vista. Já o Pix Internacional, anunciado em 2022 e atualmente em fase de testes, visa facilitar transferências para fora do país, o que pode beneficiar especialmente empresas com atuação no comércio exterior.
“Essas novas implementações vão acelerar ainda mais a migração das empresas para o Pix. Ainda há setores que dependem de integrações mais robustas com ERPs ou relatórios contábeis personalizados, mas o caminho está claro: quem já se adaptou ao Pix não quer voltar atrás. E quem ainda não se adaptou, está perdendo competitividade”, avalia Marcello. Ainda segundo ele, o sistema se tornou um medidor de competitividade – quem ainda não se adaptou, está perdendo espaço no mercado.
“Usar o Pix hoje é uma vantagem competitiva. Ele reduz custos, agiliza operações e melhora a experiência do cliente. O Pix não é só uma solução de pagamento – ele faz parte de uma transformação maior: a digitalização das finanças corporativas. Empresas que entendem isso saem na frente”, conclui o especialista.
Sobre Marcello Marin
Marcello Marin é contador, administrador, Mestre em Governança Corporativa e especialista em Recuperação Judicial.