Quem se lembra dos nossos ídolos do passado?

by Amarildo Castro
  • Valores mudam de forma drástica, em média, a cada 20 anos, pela vivência deste blogueiro, Amarildo Castro

POR AMARILDO CASTRO (ARTIGO)

Caros amigos leitores e seguidores, quero lhes dar uma uma boa tarde e agradecer a cada um de vocês por tudo que já fiz na vida como profissional e como ser humano, e tenham calma, esse artigo não é o ‘artigo do Apocalipse’ e nenhum fim de nada, mas uma reflexão dos nossos heróis do passado, os heróis do presente e os valores dessas mesmas épocas, e quero lhes falar em especial sobre os últimos 50 anos, período ‘Jurássico’ em que consegui até aqui vivenciar. O restante da minha vida, tenho mais de 50, não vem ao caso porque era muito criança, e não me lembro.

JOSÉ BÉTTIO, RADIALISTA QUE MORREU EM 2018, E FEZ SUCESSO NOS ANOS 70 E 80

Eis que lá por volta de 1977, o programa de rádio da vez era o do Zé Béttio, lá em Goiás, mais conhecido com Zé Biti, da antiga Rádio Record, de São Paulo. “Tuc Tuc, acorda, pessoal, olha a hora, 5h40”, costumava dizer em seu programa, e sobre a tal hora, falava isso há cada 3 ou quatro minutos. Era quase um programa musica e para falar as horas, mas de grande sucesso. Vale lembrar que maioria de seus ouvintes não tinham relógio e nem de longe, celular.

Na época, em São Paulo, Goiás e Minas Gerais, não tinha um ‘pé de serra’ que não conhecia o Zé Béttio. Na inteligência artificial do Google, diz que “Zé Béttio foi um radialista brasileiro muito conhecido, principalmente por seu trabalho na Rádio Record. Ele se aposentou da emissora em 2009, após sofrer um AVC em 2016, e faleceu em 2018 aos 92 anos. Zé Béttio é considerado um dos maiores nomes do rádio brasileiro, conhecido por seu estilo único e carisma, e teve grande destaque nos anos 1970 e 1980“. Ele morreu em 2018, aos 92 anos, vítima de complicações cardíacas.

O CANTOR FREDDIE MERCURY, DESTAQUE MUNDIAL DO ROCK NOS ANOS 80 E 90

Freddie Mercury, segundo o Wikipédia foi nascido Farrokh BulsaraCidade de Pedra5 de setembro de 1946 – Londres24 de novembro de 1991) sendo um cantorpianista e compositor britânico,[nota 1] conhecido pelo seu trabalho com a banda britânica de rock Queen, que integrou como vocalista de 1970 até o ano de sua morte, 1991. É considerado como um dos melhores cantores de todos os tempos. Ele morreu em 1991, vítima da Aids, que até ali, não tinha cura nem tratamento adequado.

CAZUZA, QUE MORREU EM 1990: ÍCONE DA MÚSICA NACIONAL À ÉPOCA

Cazuza, um cantor brasileiro de grande sucesso nos anos 80, morreu em 1990, também vítima da Aids.

Já o esportista Ayrton Senna (do Brasil), ícone do esporte, morreu em maio de 1994, vítima de um acidente ‘de trabalho’, correndo na Fórmula I em Ímola, na Itália.

O PILOTO AYRTON SENNA, DESTAQUE DO ESPORTE E ÍDOLO DO PAÍS NOS ANOS 90

O que esses personagens têm em comum foi o estrondoso sucesso, cada um em sua área, e que durante cerca de dez anos, a mídia, as pessoas, ainda falavam muito em seus nomes após a morte, mas após mais de duas décadas do sucesso, e depois das mortes, aos poucos maioria vai esquecendo, vai parando de citar os nomes, e em 100 anos, provavelmente será preciso um pesquisa mais ampla para saber quem foram.

Após um século da morte de alguém, muito pouco vai restar. Para as pessoas comuns, até as fotos de arquivo desaparecerão, no geral. Para as pessoas comuns, a situação é mais cruel, viram cinzas, as fotos se misturarão a restos de construções antigas, e depois, acabam.

Renovação

A renovação digital, cultural e de valores, muda de tempos em tempos. Infelizmente, até nosso ‘rei’ do futebol, o Pelé, com o tempo, após um ou dois séculos, poucos irão falar dele. E assim, para quem viver mais, passar dos 60, 70, 80 ou 90 anos precisa estar totalmente preparado para a renovação. Porque aquela música que todos curtiam no passado, e depois de 30 ou 40 anos, o pessoal mais novo não curte mais. As coisas mudam muito, e com a chegada da tecnologia digital, mudar parâmetros e valores, sejam culturais ou sociais, é algo muito rápido.

Agora, os heróis do momento são outros, e um jovem falar em um desses ídolos citados nesta reportagem, é bastante raro. Mas o tempo segue. E os heróis de hoje devem passar pela mesma situação daqui a 50 anos, ou muito menos.

A essa altura, quem diz nós viverá o maior tempo para relatar todo esse processo, Alguém de nós poderia viver 150 anos para contar melhor a história?

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