Comercialização de imóveis apresenta um aumento de 13,5%, expondo o melhor saldo desde 2014

Por Rafaela Galdino – Ao longo da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o mercado imobiliário expôs um grande crescimento, que foi fortemente impulsionado pela redução da taxa Selic, mudanças no protocolo de financiamento do programa “Minha casa, minha vida” da Caixa Econômica Federal, aumento da rentabilidade anual dos aluguéis e dentre outros vários fatores que, consequentemente, estimularam as vendas e a valorização dos imóveis. Outras situações que também contribuíram para a construção desse positivo cenário foram a ascensão do home office e a alteração do comportamento do consumidor, que hoje se dispõe a antecipar reformas e reparos em seus lares na busca de maior comodidade, e ainda prioriza a compra de casas e apartamentos mais espaçosos, confortáveis e seguros em detrimento de imóveis mais baratos.

O avanço do setor também pôde ser sentido em setembro deste ano, que fechou com um aumento de 13,5% nas vendas de novas unidades habitacionais, tendo por comparação o mesmo período no ano passado – segundo dados do indicador mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Este foi o melhor resultado para um único mês, desde maio de 2014.

De acordo com o gestor imobiliário do Grupo MBL (Silva Empreendimentos e Fonsil), Samuel Ferreira da Silva, no terceiro trimestre deste ano foram vendidas 39.617 unidades autônomas. “Este número representa um desempenho histórico para as vendas da incorporação imobiliária, que demonstrou uma alta de quase 40%, se compararmos com os resultados obtidos no mesmo período de 2019. E em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, as 131.852 unidades comercializadas ultrapassaram em 13,5% a quantidade de vendas dos 12 meses anteriores” destaca.

Mesmo com os altos índices de desemprego deste ano e as consequências negativas da pandemia, o setor tem registrado um excelente movimento em suas vendas. “Todos estes ótimos números só confirmam o importante papel da construção civil na aceleração do processo de recuperação da nossa economia”, comenta.

Ainda conforme informações do indicador da Abrainc, os lançamentos de novos empreendimentos apresentaram um declínio acumulado de 2,3% nos últimos 12 meses, se compararmos com os 12 meses anteriores. No entanto, mesmo com estes números, os lançamentos atingiram uma elevação de 7,8% no terceiro trimestre deste ano, tendo por comparação o mesmo período de 2019.

Por fim, Samuel aponta que os empreendimentos do segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) – que foram os mais impactados pelas implicações da pandemia nos grandes centros urbanos – mostraram uma retração de 41% em setembro deste ano, baixa de 27,5% no terceiro trimestre e de 36,7% nos últimos 12 meses. “A vendas do segmento também tiveram uma queda de cerca de 2% em relação a setembro de 2020”, ressalta.

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