VALPARAÍSO – Após validação do concurso da Câmara, Plácido diz que Legislativo não tem dinheiro e vai recorrer

Certame foi validado recentemente pelo TJ-GO. Aprovados aguardem desde 2016 na expectativa de serem chamados

Por Amarildo Castro – Apesar das expectativas dos mais de 40 concursados aprovados em certame realizado pela Câmara Municipal de Vereadores de Valparaíso de Goiás em 2016, a divulgação da validação do certame pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) em pouco deverá mudar os fatos. Isso porque a decisão do TJ-GO pegou de surpresa o atual presidente do Legislativo local, vereador Plácido Cunha (Avante). Com receita reduzida em 20% a partir deste mês de maio, a Casa, segundo o seu presidente, não tem nenhuma condição de arcar com o custo dos 43 aprovados no concurso para a Câmara em 2016.

Na manhã desta segunda-feira, 17, Plácido falou com a reportagem do Blog do Amarildo e explicou que assim que for notificado pela Justiça sobre a validação do concurso vai recorrer e não pretende chamar os ‘novos servidores’ porque a Casa não tem receita para comportar mais essa despesa. “Esse concurso não foi feito em nossa gestão e ainda precisamos ficar mais a par dos detalhes, mas infelizmente, no momento a Casa não tem dinheiro para pagar mais 43 servidores”, citou.

Questionado sobre os terceirizados, Plácido disse que é mais um problema porque os parlamentares preferem trabalhar com pessoas da confiança de cada um deles, e que isso funciona dessa forma em todo o país. “Para contratar essa quantidade de gente seria necessário dispensar praticamente todos os terceirizados, e não há na Casa um acordo para isso, então precisamos ver tudo com calma devido a várias circunstâncias, especialmente por desconhecer o processo, vamos recorrer”, disse Plácido.

Imbróglio que já dura quase cinco anos

O último concurso par a Câmara Municipal de Vereadores de Valparaiso de Goiás foi realizado em 2016 pelo Instituto Cidades, o mesmo que esteve à frente do certame da Prefeitura de Valparaíso em 2014, e que o Executivo local já contratou diversos aprovados, enquanto a Câmara não pôde. De acordo com o então presidente da Casa à época, Elvis Santos (SD), os procedimentos do concurso da Câmara usados pelo Instituto Cidades foram os mesmos adotados no concurso da prefeitura. Mesmo assim, o certame estava suspenso a pedido do MP-GO, comarca Valparaíso, por suspeita de fraude.

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*