Como calcular o preço da reforma de um imóvel?

by Amarildo Castro

Planejamento detalhado e orçamento por categorias são fundamentais para evitar surpresas

Foto de Freepik

O cálculo correto do preço de uma reforma exige análise de fatores como tamanho do imóvel, complexidade da obra e qualidade dos materiais, conforme orientam arquitetos e engenheiros. Os custos variam de acordo com o tipo de reforma, das  básicas a projetos de alto padrão, sendo necessário elaborar um orçamento que inclua mão de obra, materiais, taxas e uma margem para imprevistos.

Dados do portal Creditas mostram que reformas simples em São Paulo partem de R$ 700 por metro quadrado, enquanto projetos customizados chegam a R$ 1,9 mil e reformas completas atingem R$ 3,5 mil. Quando as intervenções incluem alvenaria, marcenaria e sistemas de climatização, as reformas completas com padrão profissional podem custar entre R$ 5,5 mil e R$ 10 mil por metro quadrado.

Além de auxiliar as pessoas que buscam melhorar a casa própria, as informações sobre custo de reforma permitem aqueles que pretendem participar de leilão de imóveis judicial calcular o investimento total necessário para deixar o imóvel em condições adequadas de comercialização ou uso próprio.

Divisão por categorias define estrutura orçamentária

Uma das práticas mais comuns é dividir os custos em categorias para maior controle financeiro. A orientação de portais especializados em arquitetura e engenharia é que a mão de obra deve representar entre 25% e 40% do orçamento total, enquanto revestimentos e acabamentos podem consumir até 30% do valor investido. O restante deve ser distribuído entre projeto arquitetônico, demolição, móveis planejados e documentação obrigatória. 

Os portais especializados ainda sugerem calcular o investimento como percentual do valor do imóvel, estabelecendo entre 20% e 35% como faixa adequada, o que garante que o padrão de acabamento fique adequado à localização do imóvel.

Essa metodologia é conhecida por quem atua no mercado imobiliário e também é adotada por investidores que participam de oportunidades como o leilão de imóveis do Bradesco.

Custos específicos por ambiente

Para reformas pontuais, o portal Creditas apresenta valores baseados no portal Habitissimo: reformar sala de 25 metros quadrados custa, aproximadamente, R$ 40 mil. Já a cozinha de dez metros quadrados sai por cerca de R$ 35 mil, e o banheiro de seis metros quadrados fica em torno de R$ 18 mil. Os valores servem como referência para aqueles que desejam adquirir casas em leilão em São Paulo e precisam orçar reformas específicas.

Tamanho não é documento: a reforma de um banheiro pequeno de apartamento pode custar até R$ 15 mil, dependendo dos materiais escolhidos e do tipo de intervenção. Projetos mais simples, como pintura e troca de louças, começam em torno de R$ 2 mil, enquanto reformas completas que envolvem mudanças na infraestrutura hidráulica e elétrica podem atingir o teto dessa faixa.

Variáveis que influenciam os preços

O estado de conservação do imóvel impacta nos custos finais, já que os mais antigos podem demandar reformas na infraestrutura elétrica e hidráulica, elevando o investimento. Já imóveis recém-entregues costumam exigir mais acabamentos, enquanto construções longevas necessitam reparos estruturais.

A complexidade da obra determina os preços. Reformas que envolvem alterações estruturais, como derrubar paredes, custam mais do que simples atualizações estéticas. O tipo de materiais utilizados também influencia diretamente: escolher revestimentos cerâmicos básicos tem preço diferente de optar por porcelanatos de alto padrão e metais nobres.

Custos adicionais e imprevistos

Licenças e autorizações necessárias devem ser incluídas no planejamento. Dependendo da complexidade da reforma, especialmente em alterações estruturais, a prefeitura pode exigir licenças com custos que variam conforme o tipo de intervenção e tamanho do imóvel.

A Anotação de Responsabilidade Técnica representa o percentual sobre o valor da obra quando há necessidade de contratar engenheiro ou arquiteto para projetos e acompanhamento técnico. Muitos condomínios cobram taxas específicas para obras, que devem ser consideradas no orçamento.

Especialistas recomendam reservar entre 10% e 20% do valor total para imprevistos. A OC Engenharia ressalta que descobertas como problemas estruturais ocultos ou necessidade de materiais extras são comuns durante a execução de reformas.

Deixe um comentário