Sessão no Senado pelos seis meses da morte do Papa Francisco destaca legado do pontífice

by Amarildo Castro
  • Durante a solenidade, a estudante do Colégio Marista de Brasília, Paula Mangueira, destacou que o Pacto Educativo Global não faz sentido se os jovens não forem escutados realmente e considerados parte ativa da construção do mundo

O Senado realizou, na última sexta-feira (28), sessão especial pela passagem dos seis meses de morte do Papa Francisco. O encontro, que foi proposto pelo senador Flávio Arns, destacou o legado de Francisco como grande líder tanto da Igreja Católica como da humanidade e ainda abordou o Pacto Educativo Global, proposto pelo pontífice em 2020, que incentiva uma educação humanista e solidária como forma de transformar a sociedade.

Arns ressaltou que o Pacto reúne sete compromissos: colocar a pessoa no centro; ouvir crianças e jovens; promover a dignidade e o papel das mulheres; reconhecer a família como primeira educadora; acolher e incluir os mais vulneráveis; renovar a economia e a política a serviço da pessoa e cuidar da casa comum.

A  banda do Colégio Marista de Brasília interpretou o Hino Nacional e a música Aquarela do Brasil durante a abertura. Já a estudante da primeira série do ensino médio da mesma instituição de ensino, Paula da Silva Dourado Mangueira, destacou que o Pacto Educativo Global não faz sentido se os jovens não forem escutados realmente e considerados parte ativa da construção do mundo.

“Somos uma geração cheia de perguntas, inquietações e também de sonhos. O Pacto nos convida a transformar o processo educativo em responsabilidade compartilhada. Educar não é apenas aprender os conteúdos, é encontrar pessoas dispostas a caminhar conosco, a compreender nossas buscas e apostar em nossas possibilidades, afirmou Paula.

Para o assessor do setor de educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Júlio Cesar Evangelista Resende, a sessão especial elucida a notável contribuição do Papa Francisco para a humanidade, como um todo, e para os educadores, em especial.

Patrimônio educativo

Em mensagem exibida em Plenário, o coordenador do Pacto Educativo Global, padre Ezio Lorenzo Bono, destacou que a Igreja Católica acompanha hoje mais de 230 mil escolas, 1,3 mil universidades e 400 faculdades eclesiásticas em todos os continentes, muitas delas frequentadas por estudantes não católicos. Trata-se de um patrimônio educativo global, cuja origem remonta aos primeiros mosteiros europeus, que preservaram e difundiram cultura, alfabetização e pesquisa, afirmou o religioso.

Presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), a irmã Maria do Desterro Rocha Santos reafirmou o compromisso inegociável com a promoção de uma educação humanista, solidária e transformadora, capaz de gerar pontes, renovar vínculos e colocar a pessoa no centro de todas as decisões.”Essa inspiração orienta nosso modo de estar no mundo e de servir à sociedade, especialmente quando as travessias humanas exigem coragem, discernimento e a capacidade de construir caminhos de transformação”, disse.

Portanto, a sessão foi um convite à reflexão sobre as instituições educacionais e da sociedade civil na promoção de uma educação que priorize a dignidade humana e a solidariedade. O legado do Papa Francisco, conforme discutido no encontro, continua a inspirar não apenas os educadores, mas toda uma geração em busca de transformação social.

Com informações da Agência Senado.

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