Aneurisma cerebral: neurologista alerta para fatores de risco, sintomas e prevenção

by Amarildo Castro

O aneurisma cerebral é caracterizado por uma dilatação anormal na parede de uma artéria do cérebro. Ele se forma quando o fluxo sanguíneo pressiona uma região enfraquecida da artéria, criando uma saliência arredondada ou irregular que pode crescer gradativamente.

Os aneurismas são perigosos porque podem causar sangramento para dentro das meninges — membranas que envolvem o cérebro — levando à hemorragia subaracnóidea. Esse quadro é um subtipo de acidente vascular cerebral (AVC) e responde por cerca de 5% de todos os casos.

De acordo com o neurologista Dr. Rodrigo Silveira, do Hospital Icaraí, as principais causas e fatores de risco podem ser divididos em duas categorias: modificáveis e não modificáveis.

Não modificáveis: histórico familiar de aneurisma, doenças genéticas que favorecem sua formação (como síndrome de Ehlers-Danlos, doença renal policística e síndrome de Marfan), sexo feminino (com maior prevalência em mulheres) e idade acima de 40 anos.

Modificáveis: hipertensão arterial crônica (principal fator para crescimento e ruptura), tabagismo, uso de drogas estimulantes (como cocaína e anfetaminas), consumo excessivo de álcool e dislipidemia.

O especialista explica que os sintomas variam de acordo com a localização do aneurisma.

 “Quando não há rompimento, o aneurisma pode comprimir estruturas adjacentes, provocando dor de cabeça, visão dupla ou queda da pálpebra. Mas o sintoma mais característico surge quando ocorre a ruptura: uma cefaleia súbita e intensa, descrita como a pior dor de cabeça da vida, muitas vezes acompanhada de vômitos e perda de consciência”, afirma.

Grupos de risco

 Segundo o neurologista, estão no grupo de maior risco: pessoas com histórico familiar de aneurisma, portadores de doença renal policística ou outras doenças do tecido conjuntivo, indivíduos com hipertensão não controlada, tabagistas ativos ou usuários de drogas estimulantes. Mulheres, especialmente após a menopausa, também têm maior vulnerabilidade devido à redução da proteção estrogênica.

“O mais importante é cessar o tabagismo, manter a pressão arterial sob controle, evitar o consumo excessivo de álcool e realizar acompanhamento médico regular em casos de histórico familiar positivo”, finaliza o Dr. Rodrigo Silveira.

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