Alguns culpam o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro por mortes ao atrasar compra de vacinas, enquanto outros acreditam que pandemia faz parte de ‘aviso’ à humanidade
Por Amarildo Castro – Vem soando como uma bomba as centenas de mortes em todo o Distrito Federal e Região Metropolitana desde o último mês de março, quando os números e óbitos por covid-19 dispararam em todo o Brasil. Somente no Guará, no DF, 330 pessoas já fazem parte das estatísticas macabras da morte, enquanto cidades da Região Metropolitana, como Valparaíso, o número não fica muito atrás, passando já de 230 mortes.
Mas o que mais chamou atenção nos últimos dias, além das centenas de mortes, foram as perdas para a covid-19 de pessoas conhecidas e influentes nas cidades da região, como o ex-administrador do Guará, Divino Alves, sua esposa Sileia e filho Ewerton, além de Liene Coutinho, também do Guará, uma empresária de sucesso na cidade.
Em Valparaíso, cidade importante na Região Metropolitana, o ex-vereador Arquicelso Bites também não resistiu à doença. Dessa forma, criou-se uma nova discussão, já que o Brasil concentra atualmente quase metade dos óbitos por covid-19 em todo o planeta.
“Quando vejo o sofrimento das famílias e amigos perdendo os seus entes queridos, a exemplo do que aconteceu com Divino Alves e esposa, gostaria de lembrar que diversos Laboratórios ofereceram vacinas ao Brasil e que o Governo Bolsonaro as recusou. Por isso, é importante lembrar, que muitas destas vidas poderiam ter sido salvas”, relatou o economista Expedito Veloso à reportagem após se dizer chocado com a morte de três entes da família de Divino Alves, incluindo o próprio.
Expedito prossegue: “Infelizmente muitas vidas ainda serão perdidas porque temos a frente do pais um presidente que não dá valor a vida. E que não compreende a tristeza dos familiares e amigos com as mortes que estão ocorrendo”, relata.
Outro que culpou o presidente Bolsonaro pelas mortes foi Vargas Alves. Liderança em Valparaíso de Goiás, ele falou também com a reportagem e disse que a compras das vacinas foram feitas de forma atrasada. “O próprio pessoal da Pfizer quis vender ao Brasil 70 milhões de doses há oito meses, e o pessoal não foi sequer recebido pelo presidente, então agora temos isso aí que vocês estão vendo”, afirmou. Ele diz ainda que sofreu na pele os problemas de ter contraído a doença e afirma não ter morrido por pouco. Ele ainda reclama dos ‘maus exemplos de Bolsonaro ao sair às ruas sem usar máscaras.
Apesar das críticas ao mandatário do Executivo nacional, há gente que defende outra linha de análise. “É um momento muito difícil e uma oportunidade que todos possam refletir, é uma praga mesmo que veio para tirar das pessoas a vaidade, o querer tirar vantagem em tudo. Está na Bíblia que isso iria ocorrer, mas vai passar”, disse Carla Brant, ex-síndica do Condomínio Três Irmãos, no Guará.
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