Parque da Cidade/DF – Flagrante do Blog do Amarildo mostra que local abriga gambás

  • Estudos mostram que presença desses animais não é necessariamente considerado um risco para a população, uma vez que não são transmissores de doenças (no geral) e ainda colaboram com o controle de pragas e insetos. No entanto, é indicado não tocar ou se aproximar demais do animal

Uma sena inusitada e inesperada até mesmo para o editor desse canal (Blog do Amarildo), comandado pelo próprio. Na noite do último domingo, durante caminhada dispretenciosa nas proximidades do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, no centro de Brasília, Amarildo flagrou e fotografou um gambá adulto que passeava pela região em busca de comida, acredita-se.

Ao ver a presença humana, se disfarçou, saiu calmamente, subiu pela tela de proteção do parque, e como um equilibrista, andou metros e metros em cima da tela da cerca. E assim, praticamente ‘posou’ para o samartphone do editor, para que registrasse a cena. A ação em questão aconteceu perto da Torre de TV, logo nas proximidades da entrada do parque, o que surpreendeu ainda mais, porque ali é local relativamente sem vegetação intensa e com movimento de muitas pessoas durante o dia e parte da noite.

Mas como são habilidosos em se camuflar e fica escondidos em buracos e tocas durante maior parte do tempo, o gambá, conhecido em algumas regiões como saruê, pelo jeito se mantém por ali porque muitos jogam restos de comida no chão, o que pode fazer a festa do animal.

Ao contrário do que muitos acreditam, os gambás, segundo já provou a ciência, praticamente não traz doenças aos humanos, a menos que sejam acuado e agredido, aí eles podem morder para se defender.

Não são roedores, e se alimentam de frutas, insetos, pequenos invertebrados e outros animais minúsculos.

Crime no DF com morte de gambás afogados

Há pouco mais de um mês, a mídia no Distrito Federal publicou um crime ambiental envolvendo esses animais. Um homem, que não teve identidade revelada se aproximou do Lago Paranoá com um gaiola cheia de gambás. Lá, afundou os bichos na água e esperou que eles morressem calmamente. Ele foi denunciado por moradores e vai responder pelo crime, que apesar da crueldade, a pena continua branda, de 1 mês a um ano e meio de prisão, mas que na prática, se resume a prestação de serviços comunitários e doação de cestas básicas. Legistas ligados ao meio ambiente lutam para que a Lei seja mudada para punir de forma exemplar esse tipo de crime.

Os Gambás podem ter de uma única vez vários filhotes, que por sua vez, os carregam nas costas.
Foto: reprodução do site https://www.vero.com.br

Saiba mais sobre o animal

De acordo com o site https://www.vero.com.br, o gambá, ou saruê é um animal silvestre comum em todo o continente. Eles se adaptam facilmente às regiões urbanas, devido à disponibilidade de alimento e de abrigo. “Podem aparecer com maior frequência próximo às residências, caso haja intervenção em seu habitat, como desmatamentos e realização de obras”, explica Ivan Vanderley, biólogo e diretor do departamento de Biodiversidade da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri. O depoimento foi publicado no referido site.

Ainda segundo Ivan, se o saruê se sentir ameaçado, ele pode morder, e assim como todo mamífero, se estiver doente, pode transmitir doenças. “Caso o animal entre no imóvel, o mais seguro é chamar o órgão responsável pelo resgate de animais silvestres na cidade, como a Polícia Ambiental e a Defesa Civil do município.” É importante ressaltar que o resgate só deve ser solicitado quando o animal entra na residência, está ferido ou apresentando risco para a população. A simples presença dele na área urbana não é uma anormalidade.

Prendê-los, comercializá-los, maltratá-los ou matá-los é crime passível de multa e prisão, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais, nº 9605/98.

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