DF – Armadilhas instaladas no Parque da Cidade reduzirão mosquitos Aedes aegypti que carregam vetores da dengue

A armadilha é uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos usuários | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
  • Aparatos funcionam como alternativa biológica completamente segura e eficaz para extinguir população do mosquito transmissor da dengue

Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

O Governo do Distrito Federal (GDF) segue investindo em alternativas para reduzir os índices de transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti na capital. A ação mais recente ocorreu na última semana, com a instalação, no Parque da Cidade, de 20 caixas de armadilhas que ajudam a combater o mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya.

Os aparatos, instalados em pontos estratégicos, foram doados à Secretaria de Esportes e Lazer (SEL-DF) e repassados para a Administração do Parque da Cidade. “Essa ação é o resultado do comprometimento da pasta e da administração com o bem-estar e com a saúde de todos que passam pelo parque”, enfatiza o secretário Julio Cesar Ribeiro.

A armadilha é uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos usuários | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

As armadilhas, intituladas “aedes do bem”, são produzidas pelo grupo Brasil Saúde Ambiental, representante da empresa Oxitec. Trata-se de uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos usuários.

Cada unidade conta com seis mil ovos de machos do mosquito geneticamente modificados com um gene autolimitante, que impede a proliferação de fêmeas do Aedes aegypti. “São as fêmeas que picam as pessoas e transmitem a doença. Além disso, os machos não são atraídos pelo sangue humano, como as fêmeas, mas pela seiva de plantas”, explica Gabriel de Matos Franco, gestor do projeto.

A advogada Éden Lino elogia a iniciativa: “Sabemos que não há antídoto para a dengue e que é uma doença séria, que acarreta na morte de várias pessoas. É uma proposta muito interessante”

O objetivo é substituir a população de mosquitos fêmeas transmissoras da doença pelos vetores geneticamente modificados. “A caixa permite que o macho se desenvolva e busque a fêmea para acasalar. Ocorre, porém, que desta linhagem só surgirão outros machos portadores do mesmo gene autolimitante, reduzindo drasticamente a população”, continua.

A ideia é que a iniciativa fique no Parque da Cidade por, pelo menos, cinco meses, havendo uma coleta a cada dois meses para avaliar a eficácia da ação. As 20 caixas estão espalhadas pela Administração, no Castelinho, no lago e no parquinho Ana Lídia.

Bem-estar dos usuários

A instalação das caixas despertou a curiosidade da advogada Éden Lino, 53 anos. Frequentadora do Parque da Cidade há muitos anos, ela elogiou a iniciativa. “Me sinto amparada com essa ação do GDF. Sabemos que não há antídoto para a dengue e que é uma doença séria, que acarreta na morte de várias pessoas. É uma proposta muito interessante”, avalia.

A dentista Gyslhyne Marques destaca o zelo da administração com a limpeza do Parque da Cidade

Outra frequentadora de longa data, a dentista Gyslhyne Marques, 37 anos, destaca o estado de conservação do parque. “Eu fiquei muito feliz de ver a limpeza do nosso Parque da Cidade, em ver como ele está bem cuidado. A administração está, realmente, de parabéns pelo zelo e por mais essa iniciativa”, diz.

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*