Obra é prioridade da gestão da Cultura no DF Um momento muito aguardado pela população do Distrito Federal tem seu desfecho nesta quinta-feira (17/11): a licitação para a reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro está concluída. O espaço cultural, que é um dos mais importantes do país, está fechado há quase nove anos e um grande imbróglio jurídico retardou a necessária intervenção no local. Agora, foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o resultado do certame, definindo a empresa Porto Belo Engenharia e Comércio LTDA como vencedora, após a análise das propostas técnicas e financeiras apresentadas. O espaço está sob gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) e a obra será executada com a coordenação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Recentemente reconduzido na gestão da pasta da Cultura pelo governador Ibaneis Rocha, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, afirmou que a obra é a principal prioridade da gestão para o próximo mandato. A expectativa é de que, até o final deste mês, o Teatro Nacional já tenha uma placa de “estamos em obras”. Segundo ele, tudo que precisava ser feito para a concretização do processo foi cumprido, inclusive alguns óbices jurídicos já solucionados. Com o resultado divulgado hoje, abre-se o prazo de cinco dias úteis, contado a partir da próxima segunda-feira (21/11), para interposição de recursos. Depois deste período, será então efetivada a contratação da empresa, que será responsável pela 1ª etapa de obras do espaço cultural com a reforma da Sala Martins Pena. A intervenção contará com recursos no valor de R$ 54.029.412,22, assegurados por fonte direta do Governo do Distrito Federal. “Vamos começar pela Sala Martins Pena e, na semana que vem, estaremos reunidos com a equipe da Novacap para traçarmos o plano de trabalho para a etapa de obras da Sala Villa Lobos, que contará com recursos do BRB”, adiantou o secretário. “Vou me sentir realizado, e tenho certeza que o governador também, em trazer de volta o Teatro Nacional Claudio Santoro – esse símbolo da cultura de Brasília e do mundo inteiro.” SALA MARTINS PENA Inaugurada oficialmente em 1966, possui capacidade de 407 lugares, palco de 235 m², com 12 m de abertura e 15 de profundidade, 1 elevador e 15 camarins. No foyer, conta com painel de azulejos de Athos Bulcão e é bastante utilizada para exposições. Possui um busto de Ludwig Van Beethoven, doado pela Embaixada da Alemanha. Destina-se a saraus, performances, lançamentos de livros, coquetéis e exposições, com área de 412 m². Um dos destaques da Sala Martins Pena é a obra “Painel Acústico”, de Athos Bulcão, localizada na parede direita (visão do palco). A obra é formada por 23 conjuntos de quatro peças de madeira envernizada, fixadas no topo da parede, dispostos em alturas variáveis. A obra tem uma variação contínua de altos e baixos relevos e é de 1978. O estudo de cores dos estofados, carpete e cortinas é assinado pelo artista. Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec) Foto: Hugo Lira |
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