Na agenda de José Reis, a entrega do Plano Diretor do modal a prefeitos de Barra Bonita, Jaú e Pederneiras; em outubro, serão abertos envelopes da licitação para derrocamento do Pedral de Nova Avanhandava, em Buritama
São Paulo, 22 de setembro de 2022 — O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), ligado à Secretaria de Logística e Transportes, iniciou nesta quinta-feira (22), Dia do Rio Tietê, uma rodada de visitas a prefeitos de cidades próximas à Hidrovia Tietê-Paraná (HTP). O diretor geral do DH, José Reis, esteve em Barra Bonita, Jaú e Pederneiras, onde foi recebido pelos prefeitos, que conheceram os detalhes do Plano Diretor da Hidrovia.
O Plano Diretor é fundamental para promover o desenvolvimento desta matriz logística e visa incrementar a competitividade econômica e ambiental, estimular o crescimento econômico e social dos municípios, promovendo a normatização institucional da hidrovia. O Plano também mostra as obras já feitas desde 2019 e as que estão em andamento na hidrovia.
Nesta sexta (23), Reis irá a Araçatuba, Buritama e Pereira Barreto. Além de se reunir com os prefeitos, visitará trechos da HTP, como o Pedral de Nova Avanhandava, em Buritama.
O Pedral em breve passará por uma grande melhoria, com a retirada de rochas submersas (derrocamento) do canal de Nova Avanhandava. Os envelopes com os nomes das empresas que participam da licitação serão abertos em 14 de outubro, às 9h30, na sede da Secretaria de Logística e Transportes, em São Paulo.
O Departamento Hidroviário publicou o edital em agosto de 2022. O investimento na obra será de R$ 343 milhões.
O governo de São Paulo aguardava desde 2020 a liberação dos recursos do Governo Federal para a realização da obra. O projeto da melhoria no Pedral foi atualizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), órgão ligado ao governo de São Paulo.
“A obra no pedral de Nova Avanhandava é gigantesca e muito importante para o transporte de carga de São Paulo e do Brasil. O canal fica no trecho mais atingido pela falta de chuva, que paralisou as operações no modal no fim de agosto do ano passado, entre Pederneiras e São Simão (GO). É onde normalmente são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira”, destaca João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes.O diretor geral do DH destaca outros aspectos técnicos. “No final dos 16 km do canal, teremos o fim do ‘gargalo’ da Tietê-Paraná, um modal fundamental, mais econômico e menos poluente para o escoamento de produtos agrícolas — principalmente de grãos — para São Paulo e os portos de Santos e São Sebastião”, explica José Reis.
Reabertura em março
As rochas de basalto — a maioria submersa — existentes na região do pedral impediram a navegabilidade e o transporte pela hidrovia, durante sete meses devido à crise hídrica, tendo sido reaberta em março deste ano.
Com a obra pronta, a passagem das chatas (embarcações usadas na hidrovia conduzidas por rebocadores) não será mais bloqueada com os níveis mínimos de água para a operação do reservatório da Usina Três Irmãos.
O prazo de conclusão dos trabalhos é de três anos, com a expectativa de retirada de 1,3 milhão de toneladas de basalto do Tietê e o envolvimento de mais de 200 colaboradores.
Questões ambientais
A empresa que vencer a licitação desta obra deverá utilizar 593 toneladas de explosivos para quebrar o basalto na hidrovia, segundo o projeto do DH, exceto nos períodos de defeso (de novembro a fevereiro), quando os peixes do rio se reproduzem.
“A obra no pedral prevê esta questão ambiental e, ainda, o descarte correto do basalto retirado do rio em locais chamados de ‘bota-fora’, sem impacto à natureza”, diz José Reis.
Pela Hidrovia Tietê-Paraná, são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira com destino a São Simão (e vice-versa). Dos 2.400 km de extensão de toda a hidrovia Tietê-Paraná, 800 km estão no Estado de São Paulo. O modal conecta seis dos maiores Estados produtores de grãos do país: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Fonte/texto e foto: Secretaria de Logística e Transportes/SP |
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