Incorporadora montadora planos de pagamento de acordo com obtenção da safra e da safrinha
Com a previsão de colher 328,4 milhões de toneladas de cereais (arroz, feijão e milho), leguminosas e oleaginosas (especialmente a soja), o Brasil atingirá uma nova safra recorde, que em 2025 deverá ser 12,2% maior do que o ciclo anterior, conforme o último levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Goiás, o maior produtor de grãos do Brasil, traz, proporcionalmente, um cenário ainda mais promissor, com a estimativa de colher este ano 38,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, o que representa um volume 18,9% maior do que o de 2024.
Há muito o agro vem sendo um dos motores que impulsionam a economia do nosso país, para se ter uma ideia, entre 2015 e 2024 o faturamento das exportações no setor subiu 87,7%, saindo de US$ 81,31 bilhões para US$ 152,63 bilhões. Em Goiás, o agro tem uma importância econômica ainda maior, já que, só em 2023, o setor respondeu por mais de 15% da geração de riquezas no estado, contra 6,5% na comparação com o cenário nacional. Inclusive, neste mesmo ano de 2023, o agronegócio goiano registrou o segundo maior crescimento de sua história, com um avanço de 12,9% em relação ao ano anterior. Para 2025, segundo projeção da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em Goiás deve atingir a marca histórica de R$ 119,4 bilhões.
Tal repercussão na economia faz com que o agronegócio não apenas atraia investimentos vultuosos, mas seja também uma importante fonte de investimentos em outros segmentos, como por exemplo, o mercado imobiliário. Neste contexto, o mercado de imóveis se apresenta, não apenas como um patrimônio seguro, mas também como uma excelente oportunidade de rentabilidade e valorização para investidores vindos do agronegócio. Atenta a esse movimento, incorporadoras como a Yutá Inc. trabalham com planos de financiamento e de pagamento específicos para o setor.
“Nesse nosso plano de financiamento montamos um fluxo de pagamento diferenciado, de acordo com a necessidade desse cliente. Ao invés do pagamento de parcelas mensais e dos lucros anuais ou semestrais, montamos um fluxo de pagamento para esses clientes do agro, de acordo com os dados ou épocas de captação da safra. Então varia de acordo com os segmentos em que esse investidor atua. Então, temos um plano de negócios para quem trabalha com a soja, quem trabalha com o milho, e esse fluxo de pagamento é de acordo com a safra principal e com a safrinha, que em Goiás ocorre entre janeiro e março”, explica Eltoncley Mascarenhas, gerente comercial da Yutá.
Clientes com potencial
Especializada em empreendimentos sociais de alto e médio padrão, a incorporadora já lançou essa estratégia em outros lançamentos e campanhas de vendas. Conforme Eltoncley, esse plano do agro não é direcionado apenas para os empresários do agronegócio, mas também para outros players, como profissionais autônomos, especialistas e investidores que muitas vezes contabilizam seus ganhos conforme os períodos de safra. “Temos no agro uma parte significativa dos nossos clientes, e percebemos que são clientes que têm um grande potencial para aquisição de nossos imóveis, porém o agro tem um ecossistema econômico diferente, em que o produtor investe, trabalha a terra e o retorno vem meses depois. Por isso a nossa decisão de fazermos um plano traçado para os produtores e quem tem seus ganhos atrelados ao valor das colheitas das safras, como por exemplo, empresários que arrendam grandes áreas produtivas”, explica o gerente comercial da Yutá.
Segundo Eltoncley, desde que a empresa passou a oferecer esse plano de pagamento específico para clientes vindos do agronegócio, a adesão desses compradores passou a ser bem maior. “Quando não tínhamos esse fluxo de pagamento direcionado para clientes do agro, percebemos que, embora eles tenham interesse e capacidade financeira para adquirir o imóvel, muitos não iam com o negócio à frente, pois realmente tinham essa dificuldade de manter um fluxo mensal de pagamento de parcelas, pois o produtor agrícola, em geral, só consegue ter uma previsão exata de sua rentabilidade após a colheita da safra, o que leva meses e muitas vezes pode variar por causa de questões cambiais, já que estamos falando de commodities”, esclarece o gerente.