Especialista do SAS Plataforma de Educação ressalta a importância de entender as diferenças de cada vestibular e adquirir repertório cultural para as provas da Fuvest, Unicamp e Enem
A maratona de vestibulares começa em outubro: a Unicamp marcou a primeira fase para 29 de outubro; Enem, 5 e 12 de novembro; e Fuvest 19 de novembro. E nas vésperas dos vestibulares, surge a dúvida para grande parte dos alunos sobre quais acontecimentos mundiais e nacionais podem cair nas provas. Por isso, além de considerarem o tempo de estudo das principais disciplinas cobradas, também é importante que os inscritos se preparem com um repertório cultural.
Para contribuir com este momento, o Professor Ademar Celedônio, Diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação, reúne os principais acontecimentos de 2022 e 2023 e dá dicas para entender como cada vestibular aborda os eventos.
Enem
O Enem utiliza uma metodologia chamada TRI (Teoria Resposta ao Item), que necessita que as questões da prova sejam anteriormente testadas. Por isso, normalmente, o Enem é atemporal e não aborda os últimos acontecimentos.
“Por exemplo, quando houve a crise da COVID-19, três anos atrás, o Enem não trouxe nenhuma pergunta sobre o tema nas provas de 2020 e 2021,” comenta o professor Celedônio. “A pandemia só passou a ser questionada na prova de 2022.” Já quando falamos sobre as mais novas tecnologias, como Inteligência Artificial e o ChatGPT, o Enem poderá apresentar uma abordagem mais ampla sobre o impacto da tecnologia no dia a dia que é, ano após ano, parte das questões em Sociologia, dentro do segmento “mundo do trabalho”.
“Os assuntos que forem cair no Enem, de alguma maneira, serão abordados de maneira macro. Por exemplo, em vez das questões tocarem somente nos incêndios florestais dos últimos anos, o Enem irá abordar o aquecimento global como um todo,” finaliza o professor.
Fuvest e Unicamp
Já os vestibulares mais tradicionais, como a Fuvest e a Unicamp, usam um outro tipo de abordagem: teoria clássica. Por isso, estes exames não precisam fazer um pré-teste das questões e conseguem trazer os mais novos eventos mundiais para as questões da prova.
Essas são algumas das atualidades com possibilidades de serem abordadas nesses vestibulares:
- Em Sociologia:
- ChatGPT/Inteligência Artificial
- Crise sanitária no território Yanomami
- Em História:
- Posse do presidente Lula
- Guerra Russo-Ucraniana
- Em Geografia:
- Incêndios florestais ao redor do mundo
“Quando falamos das diferenças entre as provas, comparada com o Enem, consideramos a Fuvest mais conteudista, o que significa que os alunos irão encontrar perguntas mais analíticas e questões mais diretas, com enunciado de uma linha, fazendo com que o candidato responda sem apoio de contexto,” explica o professor Celedônio. “Já a Unicamp é muito mais contextualizada e interdisciplinar, embora as questões de matemática sejam mais “convencionais”, sem a contextualização que é tão frequente no Enem,” finaliza o especialista.
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