Criação de Carlos Villar reproduz cenários de espetáculos líricos
A Funarte MG, regional da Fundação Nacional de Artes localizada em Belo Horizonte, inaugura nesta quinta-feira, 6 de abril, às 18h, a Exposição do Miniteatro de Óperas de Carlos Villar. De caráter permanente, a mostra fica disponível à visitação em sua primeira temporada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados, das 13h às 19h. O projeto de pesquisa para a exibição foi viabilizado por meio de Termo de Execução Descentralizado, firmado entre a Funarte MG e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O evento de inauguração contará com apresentação da pesquisa realizada, com as curadoras Rita Lages Rodrigues e Maria Tereza Dantas Moura; a performance Fios de Vida, inspirada em memórias ancestrais e na dança butô, apresentada por uma marionete de fios conduzida por Nani Oliveira ao som de trilha sonora criada ao vivo por Vinícius Pelizari, com coordenação de Camila Polatscheck; além de apresentação de árias de óperas presentes no miniteatro, com coordenação musical da professora Luciana Monteiro de Castro, da Escola de Música da UFMG.
O Miniteatro é composto de mais de 700 objetos, entre cenários, bonecos, mobiliário e objetos cênicos, além da caixa cênica, uma maquete que reproduz o Theatro Municipal do Rio de Janeiro em miniatura. As peças possuem dimensões variadas e foram restauradas entre 2020 e 2021 por uma equipe coordenada por Maria Tereza Dantas Moura, que assina a curadoria da exposição junto com Rita Lages Rodrigues. Já a equipe de pesquisa foi coordenada pela professora Rita Lages, composta por conservadora-restauradora, museólogo, arquiteto, designer, profissional de teatro de boneco e técnico de iluminação.
Idealizado e construído ao longo de 15 anos pelo ex-tenor Carlos José Villar nos anos 1960, o Miniteatro foi doado na década de 1980 pela família do artista ao projeto Memória das Artes Cênicas, da Funarte. A obra foi elaborada por Carlos Villar em homenagem ao maestro e compositor Carlos Gomes e reproduz cenários de espetáculos líricos, com oito óperas: “Tosca”, de Giacomo Puccini; “Aída”, “O Trovador”, “Rigoletto” e “La Traviata”, de Giuseppe Verdi; “Fausto”, de Charles Gounod; “Carmen”, de Georges Bizet; e “Mefistofele”, de Arrigo Boïto.
A curadoria da exposição busca reforçar o valor artístico e histórico da obra, considerando questões como o potencial educativo para sensibilização do público para o gênero artístico da ópera, do teatro de bonecos e para o patrimônio cultural e sua preservação. O acervo constitui material para reflexão sobre as relações culturais na sociedade, incluindo o que se nomeia popular, erudito e massivo. O artista Carlos Villar, quando criou o Miniteatro, levou a ópera para o teatro de bonecos e para o espaço interior de sua casa, o universo do privado, e, posteriormente, esse acervo tornou-se público, ao ser transferido para a Funarte, um elemento-chave para que a ópera seja relembrada e valorizada em uma relação lúdica com o teatro de bonecos, misturando linguagens e manifestações artísticas.
Na plateia e camarotes, os bonecos, com figurinos de época detalhados, representam os espectadores. No fosso da orquestra, eles se transformam em maestro e músicos, com seus respectivos instrumentos. Na apresentação dos espetáculos no apartamento de Villar, onde se encontrava o Miniteatro antes de seu falecimento e da doação, o artista, com a ajuda de um amigo, apresentava o espetáculo com música tocada na vitrola e manipulação dos personagens e cenários. Ao longo da pesquisa realizada, foram descobertos também bonecos, cenários e fotografias históricas da Ópera Madame Butterfly.
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Exposição permanente
Miniteatro de Óperas
de Carlos Villar
IInauguração: 6 de abril de 2023, às 18h
Visitação Gratuita
Primeira Temporada
Terça a sexta, das 10h às 18h | sábados, das 13h às 19h
Funarte MG
Rua Januária, 68, Centro, Belo Horizonte (MG)
Para agendamento de visitas em grupos: funartemg@funarte.br
Mais informações em www.gov.br/funarte
Mais informações para a imprensa: ccom@funarte.gov.br
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