Goiás abriga quase a metade das empresas de construção civil no Centro-Oeste

  • Com 2.172 CNPJs ativos dedicados a esse setor da economia, o estado é hoje um importante pólo desta indústria, atraindo vários profissionais em busca de melhores oportunidades. Até o fim do ano, segmento deve gerar mais de seis mil postos de trabalho

Com mais de 147 mil empresas ativas, empregando mais de 2,2 milhões de pessoas e movimentando um PIB de quase 378 bilhões só em 2021, a construção civil é um dos principais setores da economia brasileira. Os dados da edição de 2021 da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, a mais recente feita pelo IBGE, revelam também que só em Goiás são 2.172 CNPJs ativos para esse setor, o que representa 43% das empresas de construção só no Centro-Oeste. No estado, o setor responde por mais de 55 mil empregos. No primeiro semestre de 2023, a construção gerou 169.531 novos empregos formais em todo o Brasil, um crescimento de 7% só neste ano.

Na base sólida desses números estão os trabalhadores da construção civil, categoria que evolui junto com o setor, que na última quinta-feira (26 de outubro) celebraram o seu dia. Agrupando praticamente a metade das empresas de construção na região Centro-Oeste, Goiás é hoje um importante pólo desta indústria, atraindo vários profissionais em busca de melhores oportunidades. Uma estimativa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) aponta que somente na Grande Goiânia devam ser abertas mais de 6 mil vagas de emprego até o fim do ano. A Ademi também revela que somente no primeiro trimestre de 2023 foram criadas mais de 5 mil novas oportunidades de trabalho na região metropolitana da capital.

E foi a busca por melhores oportunidades de trabalho que atraiu, há mais de 30 anos, o mestre de obras Edivar José de Oliveira, de 52 anos, do pequeno município de Tabocas do Brejo Velho, na Bahia, para Goiânia. Atuando há 26 anos na GPL Incorporadora, empresa onde começou em 1997 como ajudante de pedreiro, Edivar se diz uma pessoa curiosa e apaixonada pela profissão, tendo feito de tudo um pouco dentro dos canteiros de obras da incorporadora. “Já fui pedreiro, carpinteiro, encarregado geral e, em 2008, após incentivo da GPL para eu fazer um curso de mestre de obras, eu fui promovido ao cargo”, relata.

Mestre de obras há mais de 15 anos, Edivar José informa que o segredo para o pleno desenvolvimento na profissão é estar sempre buscando aprender. “Lá atrás, quando era ajudante, eu era acompanhado por um mestre de obras já antigo na casa, que me ensinou tudo o que eu sei hoje. Ele me apresentou a oportunidade de crescimento, mas esse crescimento não veio de mão-beijada, me custou horas de estudo e muita dedicação”, ressalta.

Seja por meio da construção de grandes empreendimentos, obras ou reformas particulares, o fato é que as várias profissões envolvidas na construção civil, como pedreiro, mestre de obras, armador, carpinteiro, encanador, pintor, eletricista, soldador, entre outras, são muito importantes para o desenvolvimento do meio urbano em que vivemos. Mas se engana quem pensa que as oportunidades de crescimento no setor estão escassas.

Para se ter uma ideia do crescimento do setor por aqui, somente em Goiás, o mercado da construção civil abriu, em média, 1,6 mil vagas de emprego por mês neste ano. Os dados são de um levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção em Goiás (Sinduscon-GO), que constatou ainda que dentre as vagas abertas abertas mensalmente no estado em 2023, 700 delas são só para Goiânia. 

Texto e foto: colaboração de Comunicação Sem Fronteiras

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