Governador Ronaldo Caiado visita última edição do evento, na Praça Cívica, em Goiânia

Iniciativa pretende, até 2025, mobilizar 20 mil empreendedores, capacitar mais de três mil talentos, originar pelo menos 200 novos negócios , e fortalecer 100 empresas inovadoras na Amazônia Legal

De janeiro a agosto de 2023, a Jornada Amazônia teve mais de 3,3 mil inscritos no Programa Gênese, de estímulo à cultura empreendedora, realizando 78 horas de mentorias coletivas e gerando mais de 300 ideias de soluções inovadoras na comunidade do programa. No mesmo período, a iniciativa contou com 662 inscritos no Sinapse da Bioeconomia, mobilizando mais de mil empreendedores de 22 estados brasileiros: o programa está em processo final de seleção, e neste primeiro ano vai originar até 70 novos negócios de impacto nos estados que compõem a Amazônia Legal, distribuindo R$ 4,9 milhões em recursos não-reembolsáveis só em 2023. Também em agosto, a Jornada Amazônia encerrou o processo seletivo do Sinergia, que escolheu 21 negócios com operação ou atuação na região amazônica para passar por um período de suporte e acompanhamento, visando aumentar sua competitividade e impacto, e qualificá-los para acesso ao mercado investidor.

Os números são especialmente relevantes em um ano em que os olhos de todo o mundo estão voltados para a floresta amazônica, inclusive com a recente realização da Cúpula da Amazônia e o anúncio de Belém (PA) como sede da COP-30, a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em 2025. “Nos últimos anos, tivemos recordes de desmatamento e ameaças à floresta e às comunidades.

Agora, na urgência de reabilitar a floresta e também cumprir metas climáticas, olhares e investimentos estão voltados para a região; e a bioeconomia se apresenta como um dos modelos com potencial para o desenvolvimento do território”, aponta Marcos Da-Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, realizadora e coordenadora da Jornada Amazônia.Esse desenvolvimento vem sendo impulsionado, nos últimos anos, por incubadoras, aceleradoras, e outros mecanismos de apoio a empresas e startups com propostas inovadoras, que oferecem produtos e serviços no contexto da chamada sociobiodiversidade. No entanto, esses mecanismos esbarram na ausência de um pipeline robusto de negócios capazes de dar escala e competitividade à economia da floresta.

“É preciso fomentar o ecossistema de inovação e impacto na região, o que acontece em torno da ampliação desse pipeline; e é isso que a Jornada Amazônia se propõe a fazer”, explica Marcos.A Jornada Amazônia teve início em 2018, com um ciclo de estudos sobre o ecossistema da região, realizado pela Fundação CERTI e Instituto CERTI Amazônia, que atua desde 1999 na região.

Em 2020, foi lançada a iniciativa, realizando ciclos pilotos. Com base nos resultados, foi estruturado o primeiro ciclo de escala da Jornada, que começou em janeiro de 2023, e seguirá até o fim de 2025. Esse novo ciclo é representado pela Plataforma Jornada Amazônia e conta com a coparticipação e investimentos de Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Fundo Vale e Porticus.Os bancos apoiadores acreditaram no potencial da iniciativa para gerar soluções inovadoras para promover uma transição da economia amazônica e brasileira para um cenário mais sustentável e inclusivo. Apoiada no âmbito do Plano Amazônia, iniciativa dos bancos para fomentar o desenvolvimento sustentável da região, a Plataforma Jornada Amazônia também é uma aliada no cumprimento do NetZero, meta por meio da qual os bancos se comprometeram a zerar as emissões líquidas de carbono em todo o portfólio até 2050, uma vez que a Jornada promove negócios e soluções compatíveis com a floresta em pé.  

A participação na iniciativa, também promove uma expressiva troca de conhecimento, disseminação dessa inteligência internamente e a potencialização da Jornada com outras iniciativas individuais de cada instituição financeira, apontam, ainda, os bancos. Para o Fundo Vale, a Plataforma Jornada Amazônia se conecta com a estratégia de ampliar, diversificar, fortalecer e conectar, em escala regional, as organizações responsáveis por dinamizar o ecossistema de impacto – ao criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo na Amazônia, impulsionando a criação e fortalecimento de startups da bioeconomia, investindo nestes negócios de impacto, gerando maior competitividade para os produtos da floresta.

Três abordagens complementares para criar novos negócios e conectar ecossistemasAs metas da plataforma até 2025 são mobilizar mais de 20 mil empreendedores, capacitar mais de três mil talentos, originar pelo menos 200 novas startups, fortalecer 100 startups existentes, e acelerar e investir em 30 delas com smart money. “Buscamos despertar o talento para inovação e empreendedorismo e estimular o desenvolvimento de soluções com impacto positivo na floresta”, diz Marcos Da-Ré. “Nosso objetivo é incentivar o surgimento de empreendimentos inovadores que valorizem as oportunidades locais e gerem valor a partir do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais.

“Para promover a competitividade econômica da floresta em pé, a Jornada Amazônia criou três abordagens complementares: a primeira é desenvolver um pipeline qualificado de negócios inovadores com impacto positivo na floresta. A segunda abordagem é gerar valor para o mercado, com atração de indústrias para melhorar a tração das cadeias de valor florestais. E o terceiro é impulsionar o ecossistema de empreendedorismo inovador, com o fortalecimento das entidades locais.”A Jornada Amazônia tem provocado uma ativação estruturante no ecossistema de inovação e empreendedorismo da região”, conta Bruno Kato, cofundador da Amazônia B, aceleradora de negócios sustentáveis que é parceira do projeto por meio do Sinergia Investimentos.

“A visão ecossistêmica de desenvolvimento e a grande experiência da Fundação CERTI em criar mecanismos que possam catalisar o desenvolvimento empreendedor está contribuindo com ganhos relevantes de tempo no amadurecimento do ecossistema.”A atuação junto a parceiros locais e de referência é premissa em todos os programas da Jornada Amazônia: ao todo, já são mais de 100 parceiros mobilizados nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.Guilherme Gonzáles, diretor adjunto do Instituto Amazônia+21, que tem como missão apoiar financeiramente a criação de negócios sustentáveis e inovadores na região, além de fortalecer empreendimentos já existentes, destaca a importância de parcerias sinérgicas e com agendas complementares: “A Jornada Amazônia viabiliza mais uma conexão com o ecossistema de inovação da região, ampliando o olhar sobre as oportunidades e aproximando interessados, o que pode gerar um movimento desejável para a consolidação e maturidade de novos negócios”, diz.

Colaboração: Sistema PR Comuniquese

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