
- Armênio Alves da Silva chegou em Brasília em 1963, onde no início de sua carreira no DF, morou em um acampamento na Candangolândia, e depois, se instalou em definitivo no Guará, na QE 19
POR AMARILDO CASTRO
Os moradores do Guará podem se orgulhar de ter algumas pessoas (pioneiras) que colaboraram com construção de Brasília. Armênio Alves da Silva é uma dessas pessoas. Hoje, aos 79 anos, e sempre na luta, e com um sorriso no rosto, já aposentado há algum tempo, agora costuma frequentar o Quiosque do Galego, empreendimento que ele tocou por muitos anos na QE 19 do Guará II, mas que agora aparece por lá para falar com os amigos, ver a criançada na praça e matar a saudade de seus tempos de comerciante. Ali, quem comanda o espaço é uma das filha, Verônica.

Vindo de Parelhas, no Rio Grande do Norte, aos 17 anos, de imediato foi trabalhar na Novacap. Morava em um acampamento na Candangolândia. Por lá, ficou por cerca de 12 anos. Casado com Dona Aliene, chegou ao Guará por volta de 1975 (não se lembra muito bem a data), e desde então, nunca mais deixou a RA. Morador da QE 19 desde então, teve três filhos: Verônica, Vera e Renato, que sempre moraram na cidade.

Sr. Armênio conta que nos anos 60 a vida era outra, e que naquele tempo, nem de longe o dia a dia lembrava o atual momento. “Tinha muita poeira, a vida era mais difícil, mas era alegre também, as pessoas se encontram mais”, relata.
Sobre sua passagem pela Novacap, ele disse que era operador de máquina, e que ajudou a construir especialmente calçadas. “No Palácio do Buriti, a gente ficou lá um tempão, eu tenho orgulho em dizer que ajudei a construir a infraestrutura em volta do palácio”, afirma.
Armênio, que é conhecido também como Galego, tem algumas paixões na vida, e uma delas é o futebol. Torcedor do Fluminense, costuma ver jogos do tricolor carioca ao lado de familiares ou amigos.

Depois de tantos anos, Sr. Armênio nunca desiste de lutar. Com saúde já debilitada, ele busca força para sempre estar na ativa, ao lado dos amigos e familiares. “A gente não pode desistir nunca, a luta é que faz a vida seguir’, ensina.
Para Verônica, uma das filhas, com a idade a avançada do pai e pelos problemas de saúde que já enfrentou, e ainda continua a enfrentar, Sr. Armênio é um guerreiro.
Leave a Reply