Hidrovia Tietê-Paraná terá capacidade máxima ampliada neste sábado

A operação plena do modal terá aumento de 25% no calado, que passa a ser de 3 metros

A Hidrovia Tietê-Paraná, administrada pelo Departamento Hidroviário (DH), poderá transportar quase 50% mais carga em cada embarcação a partir deste sábado (4). Por conta da melhoria dos índices pluviométricos, a capacidade máxima que pode ser transportada passa de 4.020 toneladas — após a reabertura em 15 de março — para 6 mil toneladas.

O calado (distância entre a ponta do casco e o nível da água) também aumentará a partir deste sábado: de 2,40m, na retomada, para 3 metros. Um crescimento de 25%.

Após sete meses paralisada, a operação da hidrovia foi retomada de forma gradual, com ondas de vazão (fluxo de água das turbinas de usinas hidroelétricas no momento da geração de energia para facilitar o deslocamento dos comboios) e calado de 2,40 m. Em 1º de abril, as ondas de vazão não foram mais necessárias e, no dia 20 daquele mês, o calado saltou para 2,90m.

O trecho mais atingido por conta da falta de chuva, desde agosto do ano passado, foi o do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama — entre Pederneiras (SP) e São Simão (GO), e por onde normalmente são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira.

O DH vem atuando para melhorar cada vez mais o transporte de grãos e outros produtos pela Hidrovia Tietê-Paraná. “Esta nova ampliação de calado é fundamental para que a hidrovia volte a ter um bom desempenho e retome o crescimento na movimentação de carga do agronegócio. Isso é importante para a economia do país, proporciona o desenvolvimento econômico e gera renda e empregos com menor impacto ambiental”, afirma João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes.

Escoamento da produção agrícola

Pela Hidrovia Tietê-Paraná, são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira com destino a São Simão (e vice-versa). Dos 2.400 km de extensão de toda a hidrovia Tietê-Paraná, 800 km estão no Estado de São Paulo.

“Temos no estado um corredor logístico de commodities que engrossa o PIB brasileiro, e leva mais emprego e renda para as populações de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Além dos ganhos regionais, o transporte hidroviário é cerca de 30% mais barato se comparado ao ferroviário e 50% mais em conta em relação ao rodoviário”, conclui José Reis, diretor-geral do Departamento Hidroviário.

O transporte de cargas por hidrovia representa um importante ganho ambiental, já que cada comboio transporta em cargas o equivalente a 200 carretas pelas rodovias, o que representa uma diminuição significativa na emissão de poluentes.

Movimentação

Antes da paralisação do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama, a hidrovia Tietê, no trecho São Paulo, vinha transportando níveis recordes da produção agrícola brasileira, principalmente de soja e milho. Em 2020, somou 2,1 milhões de toneladas de cargas transportadas, mesmo com a pandemia. No ano anterior (sem covid-19), a movimentação foi de 2,5 milhões de toneladas no trecho de São Paulo, administrado pelo DH.

A hidrovia integra um grande sistema de transporte multimodal, apresentando-se como alternativa de corredor de exportação, conectando seis dos maiores Estados produtores de grãos: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. As principais cargas que opera são: milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo.

Texto e foto: colaboração da Assessoria de Imprensa de Secretaria de Logística e Transportes

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