Maio Azul: História de paciente com câncer de ovário gera alerta para população feminina em Brasília

by Amarildo Castro
A oncologista Andreza Souto, da Oncoclínicas Brasília, reforça a importância do diagnóstico precoce desse tipo de tumor para preservar a fertilidade e o sonho da maternidade
Silencioso e de difícil diagnóstico, o câncer de ovário é considerado o tumor ginecológico mais letal entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), isso deve apresentar sintomas inespecíficos iniciais, como inchaço abdominal e desconforto, que podem ser facilmente confundidos com outras condições benignas. Entre 2023 e 2025, o Brasil deverá registrar cerca de 7.310 novos casos por ano, o que representa aproximadamente 3% dos cânceres femininos. No Distrito Federal, embora os dados absolutos não sejam detalhados em segundo lugar, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais comum na região.

A Oncoclínicas, maior rede de tratamento oncológico da América Latina, alerta para a importância do diagnóstico e do acompanhamento médico contínuo para manter os exames ginecológicos em dia. “Quando o câncer é detectado no estágio inicial, especialmente em subtipos como os tumores de baixo grau, de células germinativas ou do estroma, é possível discutir estratégias para preservar a fertilidade. A identificação precoce é crucial para viabilizar tratamentos menos invasivos”, explica Andreza Souto, oncologista da Oncoclínicas Brasília.

Nos casos do subtipo mais comum em atualizações avançadas, como o câncer de ovário epitelial de alto grau, o tratamento geralmente envolve histerectomia, cirurgia que consiste na remoção do útero, podendo incluir também a retirada do colo do útero, das trompas e dos ovários, ou que afeta diretamente a fertilidade do paciente.

O especialista também ressalta a importância da oncogenética como uma alternativa de rastreio. “Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm origem hereditária. A investigação em pacientes com histórico familiar é essencial para diagnóstico precoce e estratégias preventivas”, afirma a médica.

Superação e realização do sonho de gestar
Mulheres em idade fértil com câncer de ovário podem recorrer a diferentes estratégias para manter o sonho de uma gestação. Entre as principais alternativas, está a cirurgia preservadora de fertilidade, indicada para casos iniciais, podendo proteger o útero e o ovário contralateral (não afetado). Foi o caso da estudante de educação física, Rafaela Castro, de 39 anos, que recebeu um diagnóstico inesperado em 2013.

Sem sintomas expressivos, além de leves desconfortos, aos 28 anos, um paciente realizou um exame de rotina, e após uma punção cirúrgica, teve a confirmação do câncer de ovário. O impacto foi ainda maior diante do planejamento de seu casamento e da recente perda da mãe, também vítima de um câncer ginecológico. “O medo de não poder ser mãe foi tão grande quanto o medo da própria doença”, relembra. No entanto, uma abordagem proposta pela equipe médica permitiu a preservação de um ovário, mantendo viva a chance de engravidar.

Rafaela gravou naturalmente em 2014 e hoje, sua filha tem 10 anos. “Posso dizer que venci a doença e conquistei o que mais desejava: ser mãe. É possível, sim. Com fé, informação e acompanhamento médico, a gente consegue”. Após cinco anos de cuidados intensivos, ela segue com consultas anuais regulares na Oncoclínicas Brasília.


Preservação da fertilidade em mulheres com câncer de ovário

Segundo a oncologista Andreza Souto, mulheres com idade fértil com esse tipo de tumor podem recorrer a outras técnicas de preservação. Ela cita a criopreservação de óvulos ou embriões que deve acontecer antes do início do tratamento, e, também, a criopreservação de tecido ovariano, recomendada para pacientes que precisam iniciar uma terapia oncológica com urgência. “Há ainda a possibilidade de gestação com óvulo doado, voltada a quem não conseguiu preservar seus próprios gametas, e a gestação por substituição (barriga solidária), indicada para mulheres que tiveram o útero removido, respeitando as normas éticas e legais do Brasil”, conclui.

Sobre a Oncoclínicas&Co

Oncoclínicas&Co é a maior rede dedicada ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo hiperespecializado e inovador para a jornada oncológica. Com um corpo clínico formado por mais de 2.900 médicos especialistas em oncologia, a companhia está presente em 40 cidades brasileiras, somando mais de 140 unidades. Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, o grupo realizou nos últimos 12 meses cerca de 682 mil tratamentos.

A Oncoclínicas segue padrões internacionais de excelência, integrando clínicas ambulatoriais a centros oncológicos de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. Parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, adquiriu o Boston Lighthouse Innovation (EUA) e possui participação na MedSir (Espanha). Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente. Saiba mais em: www.oncoclinicas.com .

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