- Com uma programação extensa ao longo de dezembro, iniciativas da rede focam, principalmente, na prevenção
Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
Para promover o mês de luta contra a Aids, o governo do DF, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), ofereceu gratuitamente mais de 700 autotestes de detecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês). O kit distribuído neste sábado (2), em ação realizada no Parque da Cidade, contém instruções detalhadas sobre como fazer o exame de forma privada e como entender os resultados. Durante a iniciativa, equipes de saúde fizeram 300 testes rápidos de identificação do vírus.
Na tenda montada em frente à administração do Parque, servidores do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) passaram o dia informando sobre métodos de prevenção e como fazer o autoteste, cujo resultado sai em 20 minutos. “Se as pessoas com HIV forem diagnosticadas e tratadas precocemente, a expectativa de vida delas é semelhante à da população em geral. Então, é importante que elas se testem”, alertou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel Luz. Ela reforça que apesar de não ter cura, o HIV e a Aids são preveníveis e têm tratamento.
William Gonçalves dos Santos, 53, visitou a tenda e optou por fazer o exame de HIV no local. “Mas também acho muito bom que a população possa levar o teste para casa”, diz. Morador de Taguatinga e usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), ele aproveitou para elogiar a Unidade Básica de Saúde (UBS) perto de sua casa em Taguatinga, onde também sempre tem testagem.
Seguindo o exemplo, o casal Ronaldo Adriano Soares, 47, e Severina Maria Batista, 58, também resolveram realizar o teste. “Mesmo em um relacionamento fixo, é importante testar. Esse tipo de ação ajuda quem não tem tempo de ir a um posto durante a semana por conta do trabalho”, destacou Ronaldo. “Além do teste, estou com todas as vacinas em dia também. A gente precisa estar atenta ao próprio corpo”, complementou Severina após receber o resultado e sair da tenda cheia de informações, panfletos e preservativos femininos.
Em situação de rua, o cadeirante Marco Aurélio Souza, 29, aproveitou a oportunidade para pegar preservativos e fazer o exame. “Gosto muito de ver vocês [equipes de saúde] com ações aqui no Parque da Cidade, procuro me testar sempre para ter certeza que está tudo bem”, afirmou o jovem.
As UBSs, as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids. Nesses locais, estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada: fornecimento de preservativos e gel lubrificante; de medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP – quando a pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas) e de profilaxia pré-exposição (PrEP – indivíduos com risco frequente, que, diariamente, usarão medicamento para evitar contrair o vírus); testes rápidos; e tratamento àqueles que já convivem com o HIV/Aids. Além disso, as UBSs dispõem ainda de exames para sífilis e hepatite B e C.
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