- Falta de uma sede própria é comum para as duas cidades. Além disso, os próprios membros acreditam que a região poderia agregar mais uma unidade de um conselho tutelar
- Embora tenha um único carro, no Guará, o veículo é novo
POR AMARILDO CASTRO
A posse dos 220 novos conselheiros tutelares em todo o Distrito Federal, em evento no Museu da República na quarta-feira, 10 de janeiro foi mais uma vez um momento importante para a unidade federativa, que agrega 35 regiões administrativas. Mas do ponto de vista estrutural, o DF ainda precisa avançar mais para atender melhor à crescente demanda das crianças e adolescentes.
Assim, na região do Guará e no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), essas demandas podem ser vistas ‘a olho nu’, entre elas, estão as próprias sedes dos conselhos tutelares, que hoje, em especial a do Guará, que fica em uma casa residencial no Conjunto K da QE 26, não oferece uma condição adequada para atendimento, como a falta de mais espaço físico. Alguns conselheiros reclamam de privacidade no atendimento, não por eles em si, mas pelos clientes, que são pais, crianças e adolescentes, com todo tipo de relato, inclusive de abuso sexual. No caso dos pais, para resolver problemas dos filhos. A unidade do Guará, não tem ainda sequer ar-condicionado.
As duas cidades, que ao todo agregam entre moradores e visitantes diários mais de 200 mil pessoas, continua com duas unidades de conselhos tutelares, uma dentro do SIA, e a outra, como citado, na QE 26 do Guará II.
No caso do SIA, os conselheiros atendem ainda a quadra Lúcio Costa, no Guará e SOF Sul, aumentando e muito a área geográfica de atuação.
Sede sem estrutura
Um dos maiores desafios, segundo disse um dos membros da entidade, é estar em um órgão, no caso uma casa em que é instalada o Conselho Tutelar do Guará, em que a cada dia que passa tem menos estrutura adequada para o atendimento das famílias.
Os conselheiros têm que dividir a sala com outro conselheiro, causando transtorno e constrangimentos aos usuários, pois não tem um mínimo de privacidade necessária e exigida para o atendimento que, como todos sabem, são sigilosos.
A casa estaria condenada, tem rachaduras, infiltrações, banheiro para o público interditado, sem ar-condicionado, tendo que trabalhar no calor, cadeiras estragadas tanto para o uso de conselheiros, como para as famílias.
É um problema que já vem vindo de outras gestões e que, mesmo diante de muita luta para a construção de uma sede, segundo apurou o Blog do Amarildo, não se vê uma resolução do problema de forma breve.
Outro desafio, segundo apurou a reportagem, é a crescente demanda que sobre o recebendo a cada ano, não sendo possível fornecer um acompanhamento dos casos de forma satisfatória, haja vista que o acúmulo de serviço é enorme, segundo disse um dos titulares, que prefere o anonimato. Alguns crêem que é preciso, em caráter de urgência, a criação de um novo Conselho tutelar no Guará.
Apesar de estruturas precárias, os conselheiros ouvidos pela reportagem garantem que com certo desafio, dão o melhor de si para um bom atendimento.
Demandas
A reportagem apurou ainda que as maiores ocorrências no atendimento são de abuso aos menores, negligência escolar (quando o aluno não vai à escola) e falta de vagas em creches e orientação sobre guarda.
Os novos conselheiros tutelares do Guará
Odirlei Oliveira
Nivia Maria
Madalena
Suellen Róbias
Paulo Mineiro
Endereço: QE 26, Conjunto K, Casa 2, Guará II.
Fone: 2244-1100 (Ramal 1560)
Conselheiros tutelares do SIA
Leila Carvalho
Lindaci Santana
Robledo Didoff
Hugo Kuczera
Jaime Neres
Endereço: Trecho 3/4 Lotes 625 a 695, Loja 07 – SIA Center Mall
Telefone: 2244-1100 (Ramal 1698)
A reportagem enviou um e-mail para a Secretaria de Justiça do DF questionando as demandas do Guará e SIA sobre os conselhos tutelares. Assim que a resposta chegar, atualizaremos.
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