
POR AMARILDO CASTRO
Antes de tudo, quero lhes dizer que este artigo não está sendo escrito em nome de um segmento, porque eu, Amarildo Castro, não sou representante de qualquer segmento, mas estou no segmento de imprensa/mídia, e hoje, um grupo de pelos menos 40 profissionais (mais apoiadores) atuam no mesmo ramo que eu, em Valparaíso de Goiás, que represento no caso, o Blog do Amarildo e Jornal Cidades Hoje.
Mas tomei por iniciativa escrever este artigo, porque o que vou dizer é sentimento comum da imprensa local .

Com a posse do novo prefeito de Valparaíso de Goiás, e do novo presidente da Câmara Municipal da mesma cidade, todos esperam uma boa gestão de ambos. Claro, o que interessa em primeiro momento são os serviços prestados à comunidade local, isso não há dúvidas.
Mas eis que a cidade também é formada por segmentos, e um deles é a imprensa que atua na cidade.
Maioria concorda que a gestão do agora ex-prefeito Pábio Mossoró respeitou a imprensa, e o próprio Mossoró costumava dizer em seus discursos que jamais perseguiu um ou qualquer jornalista por causa de divulgação de demandas da cidade e até mesmo críticas à gestão. E isso também se espera de Vinícius e Walison Lacerda, um na prefeitura, o outro como presidente da Câmara.
Eis que o segmento de imprensa também tem seus interesses, até porque a política é feita de parcerias, sejam elas para divulgação das demandas, benfeitorias e se necessário, críticas.

Nos últimos anos, tem sido comum essa parceria. É comum ainda que tanto o Executivo quanto o Legislativo contratem de forma transparente agência de publicidade para realização de campanhas e divulgação nas principais mídias locais, o que inclui veículos da imprensa.
Ao mesmo tempo que o segmento agradece, também ficaram lacunas, especialmente no ano de 2024, onde, no caso da prefeitura, esse tipo de divulgação só ocorreu nos meses de abril a junho. Entre julho e até a primeira quinzena de outubro, a Lei Eleitoral não permitia, mas passada essa data, nada mais aconteceu até o fechamento da gestão. O que ‘travou’ essa parceria entre Executivo e mídias locais.
2024, ano difícil para a mídia local
Na Câmara, foi pior. As campanhas foram encerradas em dezembro de 2023 e nunca mais retornaram. Todos sabem, até para ir à Câmara para acompanhar demandas, assim como no Executivo, exige tempo, transporte e outros custos. A grosso modo, jornalistas e produtores de conteúdo mais uma vez tiveram um ano difícil na cidade por causa dessa falta de contratação de agências para divulgação de campanhas e serviços na mídia local.
Todos os jornalistas e produtores de conteúdo de uma forma ou de outra, sempre buscaram outras fontes alternativas de renda, mas quando falta interesse do Executivo e Legislativo em atender o segmento, todos perdem, porque a população passa a ficar mal informada, e a fiscalização por parte da imprensa tende a diminuir porque jornalistas passam a se dedicarem mais a temas da iniciativa privada. Todos sabem, praticamente 100 por cento dos trabalhadores da imprensa que atua na cidade, são pais de família e comprometidos com a cidade, e precisam ser respeitados em todos os aspectos.
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