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Especialista da Afya Educação Médica de Goiânia explica fatores de risco, hábitos protetores e avanços no diagnóstico Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, sendo o Alzheimer a forma mais comum, responsável por 60% a 70% dos casos. E, de acordo com a entidade, a previsão é que o número de diagnósticos triplique até 2050, ultrapassando 150 milhões. No Brasil, cerca de 1,8 milhão de pessoas convivem com a doença, um desafio crescente de saúde pública, sobretudo entre idosos com 80 anos ou mais. O Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete memória, linguagem, raciocínio, comportamento e, em estágios avançados, até funções motoras básicas. Os primeiros sinais costumam ser confundidos com o envelhecimento natural, manifestando-se em esquecimentos frequentes, dificuldade para lembrar palavras ou compromissos e desorientação em lugares familiares. Com a progressão, surgem alterações de humor, dificuldade em realizar tarefas simples, perda de noção temporal, desconfiança e isolamento social, podendo evoluir para a perda total da autonomia em atividades essenciais, como se alimentar, se vestir ou reconhecer familiares.Embora ainda não exista cura, a ciência mostra que fatores de estilo de vida podem reduzir significativamente o risco. O neurologistada Afya Goiânia, Dr. Heitor Felipe, ressalta que cerca de metade dos casos podem ser evitados. O especialista cita estudos do National Institutes of Health (NIH) que indicam até 60% menos risco para pessoas que adotam quatro ou cinco hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, sono adequado, controle do colesterol, da pressão arterial e do diabetes, além de evitar cigarro e álcool. O tratamento de dificuldades auditivas também entra nessa lista de medidas preventivas.O neurologista salienta ainda a relevância da saúde mental neste contexto: “Depressão, solidão e isolamento social aumentam o risco da doença, o que reforça a importância tanto de buscar ajuda para transtornos emocionais quanto de manter vínculos afetivos ao longo da vida”, explica. Sintomas precoces e avanços no diagnóstico e tratamento Embora a perda de memória e dificuldades na linguagem sejam os sintomas mais conhecidos, o especialista da Afya explica que outros sinais podem surgir anos antes, como alterações no sono, sintomas depressivos ou perda do olfato. Esses indícios, porém, não são exclusivos do Alzheimer, o que dificulta o diagnóstico precoce. Atualmente, não há exames capazes de prever com certeza o desenvolvimento da doença, exceto em casos genéticos raros.Ainda assim, a medicina avançou na detecção e no tratamento. Queixas de memória, linguagem ou dificuldades no dia a dia não devem ser automaticamente atribuídas ao envelhecimento. Neurologistas, psiquiatras, geriatras e médicos de família podem investigar, diagnosticar e iniciar terapias. Dr Heitor Felipe reforça que embora não haja cura, os tratamentos disponíveis buscam retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida, combinando medicamentos, estimulação cognitiva, acompanhamento psicológico, fisioterapia, terapia ocupacional e suporte familiar e social. Sobre a Afya A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina, e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br. |