
Relatório visa monitorar a evolução das grandes empresas comprometidas publicamente em implementar práticas sustentáveis para o bem-estar animal na suinocultura |
A Alianima, organização sem fins lucrativos de proteção animal, divulgou a 4ª edição do Observatório Suíno. O relatório, que tem periodicidade anual, acompanhou a evolução de grandes empresas do setor comprometidas publicamente em implementar políticas de bem-estar animal. |
A suinocultura no BrasilO Brasil é destaque no cenário global da suinocultura e ocupa a quarta posição entre os maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, ficando atrás de China, União Europeia e Estados Unidos. Em 2022, o país alcançou a produção de 4,9 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 6% em relação a 2021. Desse total, cerca de um quarto foi destinado à exportação para mais de 80 países. Em relação ao mercado doméstico, o consumo por pessoa de carne suína foi de aproximadamente 18 kg, em 2022, representando um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior, conforme dados fornecidos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As práticas de bem-estar animal nos sistemas de produção de carne suína são essenciais, pois além de proporcionar melhorias na qualidade de vida dos animais, mantêm a competitividade do Brasil em âmbito global. Como exemplo desse tipo de boas práticas está a proibição do uso de celas na gestação de suínos. Diversos países como Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Suíça, Reino Unido e alguns estados dos Estados Unidos já não permitem tal ação. “Os consumidores estão cada vez mais conscientes e preocupados em relação aos produtos que compram e consomem em suas refeições, exigindo transparência por parte da indústria em relação ao tratamento concedido aos animais ”, afirma Patrycia Sato, presidente e diretora técnica da Alianima. Relatório Observatório Suíno 2023 Neste ano, 29 empresas foram contatadas, sendo 7 fornecedores, que são as empresas envolvidas diretamente na produção e processamento de carne suína, e 22 clientes, como restaurantes e varejistas, que adquirem carne suína desses fornecedores. Seis empresas da lista de clientes foram contatadas pela primeira vez para participar do Observatório Suíno. Comparado ao ano anterior, o relatório apresentou um aumento de 26,1% em relação às empresas abordadas em 2022, acréscimo que se deu em função aos compromissos publicamente anunciados no grupo de clientes, que reflete mais seriedade e comprometimento corporativo com o tema. No grupo de fornecedores, os maiores frigoríficos do Brasil participaram do Observatório deste ano: Alegra Foods – Castrolanda; Aurora Coop; BRF S.A. (Sadia e Perdigão); Seara (JBS) e Pamplona Alimentos S.A. A Frimesa Cooperativa Central e Pif Paf Alimentos S.A também foram abordadas mas não responderam. Entre os clientes, participaram: Arcos Dorados (McDonald’s); B.LEM Padaria Portuguesa; Brazil Fast Food Corporation – BFFC (Bob’s); Dídio Pizza; Forno de Minas; GPA (Pão de Açúcar, Extra e Compre Bem); Grupo Carrefour Brasil (Atacadão, Carrefour, Sam’s Club, Nacional, Super BomPreço e TodoDia); Grupo Dia; Hippo Supermercados; Hotel Unique; Marfrig Global Foods S.A; As empresas Bloomin’ Brands (Outback Steakhouse e Aussie Grill); Burger King; Casa do Pão de Queijo; Ciao Pizzeria Napoletana; Grupo Madero; Grupo Trigo (antes TrendFoods – Gendai e China in Box); Halipar (Griletto, Montana Grill, Jin Jin e Croasonho); Monster Dog; St. Marché; Subway e UnidaSul também foram abordadas mas não participaram. |
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